A Bélgica cumpriu o seu papel de favorita diante da Argélia e venceu por 2-1, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, na abertura do grupo H deste Mundial 2014.
Esteve à vista mais uma surpresa neste Mundial, com os argelinos em vantagem durante grande parte do desafio, graças ao golo de Feghouli, aos 25', na conversão de uma grande penalidade. Porém, a seleção comandada por Marc Wilmots "puxou dos galões" na segunda parte com o crédito que encontrou no seu banco de suplentes: Fellaini e Mertens saltaram do banco para apontar os golos belgas.
Candidata a revelação deste Campeonato do Mundo face à talentosa geração de jogadores que acabou com uma ausência de 12 anos, a Bélgica tardou a confirmar as credenciais que lhe eram apontadas. Uma estranha letargia e lentidão de processos deu ânimo a uma esforçada seleção argelina, que entrou com Halliche, da Académica, a titular, deixando o leão Slimani e o dragão Ghilas no banco.
Com efeito, a equipa africana entrou bem, aproveitou a falta de reação adversária e conseguiu chegar ao golo na conversão de uma grande penalidade após uma falta clara de Verthonghen sobre Feghouli, que o mesmo jogador marcou. A vantagem premiava a maior dinâmica dos argelinos, que com empenho disfarçavam algumas carências no processo ofensivo.
O intervalo foi um despertador importante para a Bélgica, que reapareceu em campo com outra face, para alívio dos seus adeptos. Chadli deu o lugar a Mertens e os 'Diabos Vermelhos' começaram a infernizar a defesa da Argélia, fruto de uma maior pressão e intensidade. As oportunidades sucediam-se, mas os golos continuavam sem aparecer.
Foi quando aos 65' o selecionador Marc Wilmots lançou o médio Fellaini que desbloqueou os problemas no ataque. O jogador do Manchester United precisou de apenas cinco minutos para provar a utilidade da sua elevada estatura e assinou aos 70' um espetacular cabeceamento para o empate. Era o primeiro passo da reviravolta belga, o segundo seria dado a alta velocidade num contra-ataque exemplar.
Quando o relógio marcava já os 80', De Bruyne roubou a bola no meio-campo e deixou em Hazard, que conduziu um contra-ataque veloz e isolou Mertens para um autêntico "míssil" para a baliza de Mbolhi. Estava feito o 2-1, que colocava justiça na reação forte dos belgas.
Slimani já entrara antes em campo e testemunhou a queda da sua seleção, enquanto Ghilas ainda saltou para o relvado nos derradeiros minutos, mas já sem oportunidades para mudar o rumo da partida.
A Bélgica soma assim os primeiros três pontos e coloca-se no topo do grupo H, à espera do que Rússia e Coreia do Sul irão fazer esta noite.
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