Face ao que acontece desde 1962, mais parece haver uma combinação entre os dois “colossos”, uma vez que as vitórias têm sido sempre alteradas, cenário que, desde 1930, só não foi uma realidade em duas ocasiões.
Os dois triunfos consecutivos de Itália (1934 e 1938) e, depois, do Brasil (1958 e 1962) são excepções na constante alternância triunfos de países da UEFA e da AMSUD.
Uma outra “instituição” é a de que ganha quase sempre uma equipa do continente anfitrião, regra que só o Brasil quebrou, nos triunfos na Suécia (1958), única “lança” na Europa, e na competição realizada em “campo neutro”, na Coreia do Sul e Japão (2002).
A diferença entre europeus e sul-americanos é também mínima no que respeita ao número de países campeões: quatro do “velho continente” (Itália, RFA, Inglaterra e França) contra três da América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina).
No que respeita aos anfitriões, é precisamente de uma terço (seis em 18 edições) a relação de vencedores: Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966), RFA (1974), Argentina (1978) e França (1998).
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na “vizinha” França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a “bisar”, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando - pela última vez isolada - com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o “Maracanazo”, os “canarinhos” responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Depois, começou a alternância, que jamais parou, com o único cetro da Inglaterra (1966), o “tri” do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o “bis” da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e “tri” da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o “bis” da Argentina, antes do “tri” da RFA (1990), do “tetra” brasileiro (1994), da estreia gaulesa (1998), do “penta” dos “canarinhos”, liderados por Scolari (2002), e do “tetra” italiano (2006).
A grande diferença entre as duas potências tem a ver com as finais, em que, nos confrontos directos, os sul-americanos levam enorme vantagem, com sete triunfos, entre os quais os cinco do Brasil, e apenas dois desaires.
Em jogos decisivos, os únicos triunfos de europeus sobre sul-americanos aconteceram em 1990, quando a RFA bateu a Argentina (1-0), com uma grande penalidade polémica, e em 1998, na vitória da anfitriã França sobre o Brasil (3-0).
- O “duelo” entre Europa e América do Sul:
Ano Organizador Vencedor Europa América Sul
1930 URUGUAI URUGUAI 1
1934 ITÁLIA ITÁLIA 1
1938 FRANÇA ITÁLIA 2
1950 BRASIL URUGUAI 2
1954 SUÍÇA RFA 3
1958 SUÉCIA BRASIL 3
1962 CHILE BRASIL 4
1966 INGLATERRA INGLATERRA 4
1970 MÉXICO BRASIL 5
1974 RFA RFA 5
1978 ARGENTINA ARGENTINA 6
1982 ESPANHA ITÁLIA 6
1986 MÉXICO ARGENTINA 7
1990 ITÁLIA RFA 7
1994 EUA BRASIL 8
1998 FRANÇA FRANÇA 8
2002 C. SUL/JAPÃO BRASIL 9
2006 ALEMANHA ITÁLIA 9
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