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A Europa está a vencer a América do Sul, por 10-9.
O futebol do continente europeu está a vencer a América do Sul, por 10-9, no que respeita a vitórias no Mundial, cenário que só se tinha verificado uma vez na história, após a longínqua edição de 1938.
Com o “bis” da Itália (1934 e 38), após o triunfo inaugural do Uruguai (1930), o continente europeu assumiu o comando isolado, que só voltou a conquistar em 2010, após os seus representantes somarem novamente dois títulos consecutivos.
Depois do 9-8 favorável à América do Sul, que foi o “penta” do Brasil, em 2002, na primeira edição em “campo neutro”, a Europa venceu em 2006, por intermédio da Itália, e voltou ao comando das operações em 2010, com o primeiro triunfo da Espanha, em África.
A 20.ª edição, que se realiza no Brasil, entre 11 de junho e 12 de junho, pode, assim, dar a primeira vantagem de dois títulos ao “velho continente” ou permitir aos sul-americanos restabelecer a igualdade, mais uma.
Uma outra hipótese é a intromissão de um país de África, Ásia, Oceânia ou da América do Norte, Central e Caraíbas, que nunca estiveram sequer perto do cetro, já que todas as finais foram monopolizadas pelas seleções da Europa e da América do Sul.
A melhor classificação de uma seleção fora destas duas confederações foi o terceiro lugar dos Estados Unidos, a abrir (1930), sendo que só mais uma equipa foi semifinalista, acabando em quarto, a coanfitriã Coreia do Sul, em 2002.
A Europa e a América do Sul “mandam” e têm alternado os triunfos, o que só não aconteceu três vezes, nos “bis” de Itália (1934 e 38) e Brasil (1958 e 62) e nas duas últimas edições, arrebatadas por transalpinos (2006) e espanhóis (2010).
Regra são também as vitórias das equipas do continente anfitrião, o que só foi quebrado, nas provas disputadas na Europa e na América, pelo Brasil, quando venceu na Suécia, em 1958, liderado pelo “miúdo” Pelé (17 anos).
Em “campo neutro”, o Brasil foi o vencer na Coreia do Sul e no Japão, em 2002, enquanto a Espanha triunfou, pela primeira vez na sua história, na África do Sul, há quatro anos.
Quanto ao número de países campeões, o “velho continente” lidera, com cinco campeões do Mundo (Itália, RFA, Inglaterra, França e Espanha), contra três da América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina).
No que respeita aos anfitriões, seis chegaram ao triunfo, o Uruguai (1930), a Itália (1934), a Inglaterra (1966), a RFA (1974), a Argentina (1978) e a França (1998).
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na “vizinha” França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a “bisar”, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o “Maracanazo”, os “canarinhos” responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Depois, começou a alternância, com o único cetro da Inglaterra (1966), o “tri” do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o “bis” da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e o “tri” da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o “bis” da Argentina, antes do “tri” da RFA (1990), do “tetra” dos brasileiros (1994), da estreia gaulesa (1998), e do “penta” dos “canarinhos”, liderados por Scolari (2002), que colocaram a América do Sul a vencer por 9-8.
Nas duas últimas provas, o “velho continente” conseguiu virar para 10-9, com o “tetra” dos italianos (2006) e a estreia espanhola (2010), em duas finais 100 por cento europeias.
O panorama de equilíbrio entre as duas confederações apenas é “traída” nos números das finais em confronto direto, já que os sul-americanos levam enorme vantagem, com sete triunfos, entre os quais os cinco do Brasil, e apenas dois desaires.
Em jogos decisivos, os únicos triunfos de europeus sobre sul-americanos aconteceram em 1990, quando a RFA bateu a Argentina (1-0), com uma grande penalidade “fantasma”, e em 1998, na vitória da anfitriã França sobre o Brasil (3-0).
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