Questionado sobre um eventual favorito para o encontro entre as selecções holandesa e brasileira, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Porth Elizabeth, às 16:00 locais (15:00 em Lisboa), Mozer foi claro: “Não consigo”.
“(Do Brasil) espero a mesma postura que teve no último jogo, acho que teve uma dinâmica muito boa, um controlo muito bom do jogo e foi muito forte defensivamente. Esteve colectivamente muito concentrada e espero ver, frente à Holanda, uma grande selecção brasileira, como tem demonstrado, e em crescendo ao longo da competição”, referiu à Agência Lusa o antigo defesa central do Benfica.
Recusando encarar este desafio como uma final antecipada, Mozer adverte para a presença de “outras grandes selecções” em prova: “Este é mais um jogo que afasta um dos candidatos, mas não é uma final, é só uma eliminatória”.
“Tenho pena que o Ramires (jogador do Benfica) não possa jogar. Íamos precisar muito dele, porque tem uma dinâmica muito grande, é muito rápido a atacar e a defender. Infelizmente, não vai poder participar e isso já é uma baixa”, frisou, reconhecendo que “os grandes jogadores fazem sempre falta”.
No Estádio Soccer City, em Joanesburgo, defrontam-se, a partir das 20:30 locais (19:30 em Lisboa), o Gana e o Uruguai, noutra “incógnita”, segundo Mozer que, mesmo assim, assume o seu apoio à selecção africana: “Acho que vai ser também um grande jogo, com uma incógnita muito grande. Mas, particularmente, gostava de ver uma selecção africana prosseguir”.
“Acho que o Gana tem uma selecção que amadureceu muito. O seu treinador está a fazer um grande trabalho e os jogadores estão a colaborar. O Gana mudou muito a sua maneira de jogar, é uma equipa muito mais concentrada no que concerne às transições e ao equilíbrio defensivo, coisa que normalmente falha nas equipas africanas”, sublinhou.
No entanto, Mozer assinala o progresso competitivo da formação ganesa.
“O Gana parece-me uma equipa muito sólida, com grandes jogadores no ataque e no meio campo. São possantes, rápidos e, ao mesmo tempo, conseguem fazer uma grande circulação de bola e o Uruguai, que não se apresentou bem no primeiro jogo, com o Forlán e os seus companheiros, também tem subido de produção”, concluiu.
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