Os portugueses em Saransk para apoiar Portugal diante do Irão no Mundial2018 de futebol são uma minoria, contudo sobra-lhes fé, vontade de ver Quaresma e contam com adeptos de todo o Mundo no apoio à equipa das ‘quinas’.
Ao José, ao João, ao Silvino e ao Ricardo, entre outros, juntam-se o angolano Sebastião Pitra, o indiano Singh e as russas Julia Ivanova e Tania Kralienka, que prometem mesmo torcer pela equipa das ‘quinas' num possível embate com a seleção do seu país.
"Depois de 13 horas de viagem num comboio do ‘Texas', a confiança está em alta. Vinha cheio de adeptos, boa parte deles iranianos. Portugueses não seríamos mais de meia centena. Havia também de muitos outros países, felizmente também apoiantes de Portugal", contou à agência Lusa João Pimentel.
O conimbricense, que veio com o filho e dois amigos deste, realçou a "boa relação" com os adeptos iranianos, sempre desejosos de fotos, e perspetivou para logo "um triunfo 2-0 com um ‘hat-trick' de Ronaldo", em contas difíceis de encaixar.
Uma forma de demonstrar a sua confiança, e a dos seus, em Portugal, com apelos também para que Ricardo Quaresma faça “a diferença”.
Artur Campeão, de Quarteira, vai já para o terceiro jogo a que assiste na Rússia, e revela-se pronto para "sofrer": "O treinador que temos não nos habituou a grandes exibições, mas a ganhar os jogos, que é o importante. Jogo a jogo, acho que vamos chegar longe. Hoje 2-0 com golos de Cristiano Ronaldo e João Mário".
Sebastião Pitra fez oito horas de comboio para ver a seleção pela primeira vez, confiando que a equipa de Fernando Santos pode ir "mais longe se jogar o Quaresma".
"Angola e Portugal são família, aproveitei o facto de viver na Rússia para vir dar força rumo à conquista do campeonato. Há pormenores a acertar, porém se melhorarem, tiverem mais força e determinação e mais confiança em si, como no Euro2016, podem chegar longe", disse.
Sebastião garante que em Angola "todos estão a vibrar muito com o Mundial, defendendo a lusofonia, Portugal e Brasil".
"Cristiano Ronaldo é o patrão da equipa, mas peço ao treinador que invista mais no Quaresma, está a fazer falta", completou.
Julia Ivanova é uma moscovita "apaixonada pela seleção de Portugal há 18 anos, desde o Euro2000", e que aparece em Saransk para assistir ao seu terceiro encontro neste Mundial, depois de uma viagem de mais de 10 horas "sentada num comboio toda a noite".
"Portugal não está a jogar bem, no entanto espero que possa ganhar, ainda que o empate me dê mais jeito, pois tenho bilhete para Sochi, caso a seleção passe em segundo. Caso a Rússia se encontre com a seleção? No futebol, serei sempre por Portugal", vincou.
A siberiana Tânia Kralienka está emigrada no Tajiquistão, antiga república soviética, e veio propositadamente a Saransk para ver Cristiano Ronaldo: "E, por causa dele, amo todo o Portugal".
"Se a Rússia e Portugal se encontrarem, vai ser muito difícil para mim, mas sei que a Rússia vai gostar de mim sempre e como o Cristiano é uma ‘peça’ única, vou apoiá-lo. Ele pode vencer qualquer um, qualquer coisa, a qualquer altura", sentenciou.
Singh veio de Nova Deli para ver o seu ídolo em ação, garantindo que na Índia "Cristiano Ronaldo é uma lenda, considerado invencível, pelo que tem muitos, muitos adeptos".
Portugal e Espanha repartem a liderança do grupo B com quatro pontos, mais um do que o Irão de Carlos Queiroz, enquanto Marrocos, com zero, já está eliminado.
Portugal e Irão defrontam-se hoje às 21:00 (19:00 em Lisboa).
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