O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considerou hoje que o Mundial2030, que Portugal vai acolher com Espanha e Marrocos, vai ser um evento de um impacto muito relevante para o país, que terá investimentos residuais.

“É um momento importante para o nosso país, trata-se de um evento de impacto muitíssimo relevante, é um dos grandes eventos internacionais à escala global, cujo impacto atinge milhares de milhões de pessoas à escala planetária e é uma honra para Portugal poder participar nesta candidatura que teve uma classificação absolutamente notável a todos os títulos”, referiu.

À entrada para um evento na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde será visionada a votação da candidatura dos três países ao Mundial2030, Pedro Duarte garantiu que “Portugal está comprometido” com esta organização, recordando que tem infraestruturas que permitem receber a competição “sem tal implicar um acréscimo de investimento significativo”.

“Vamos ter um retorno muito impactante, acho que não há dúvidas quanto a isso. Isso advém, de facto, do mérito da candidatura, das pessoas que se envolveram, de um histórico de organização de eventos que é, de facto, reconhecido em termos internacionais e, de facto, em última instância, de uma paixão pelo desporto e uma paixão pelo futebol que o nosso povo tem”, considerou.

Considerando que este “é um dia de grande alegria, de orgulho nacional, mas também de responsabilidade”, Pedro Duarte garantiu que “o Estado português, evidentemente, está comprometido com o sucesso do evento” e admitiu que pode “haver algum investimento associado”.

“Mas ele vai ser, de facto, eu diria residual, face àquilo que é o impacto do retorno que estamos à espera. Isso porque, essencialmente, foi feito, manifestamente, em 2004, por ocasião do Euro2004, um investimento significativo em novos estádios, noutro tipo de infraestruturas que são adjacentes aos próprios estádios. E, portanto, nesta altura, nós, eventualmente, precisaremos de algum investimento, mas que é um investimento que eu diria natural, que ocorreria sempre na circunstância de precisarmos de atualizar, de modernizar algumas infraestruturas”, afirmou.

Para Pedro Duarte, comparando “o investimento necessário com o retorno” esperado, esta “é uma grande solução para o país e o país vai ganhar muito com isto”, embora tenha preferido não valorizar o retorno que pode haver para Portugal.

Sobre o facto de este Mundial ser disputado em três países, com três jogos ainda disputados na América do Sul, para comemorar o centenário do torneio, Pedro Duarte disse que está “em causa o melhor” que o povo português tem.

“Nós sempre fomos, historicamente, e acho que hoje continuamos a ser um povo aberto a outras culturas, a outras dinâmicas económicas, sociais, culturais, e, de facto, é um exemplo para o mundo que nós também estamos a dar com esta organização”, afirmou.

Os três estádios portugueses candidatos a acolher jogos do Mundial2030 serão o Estádio da Luz, o Estádio José Alvalade, ambos em Lisboa, e o Estádio do Dragão, no Porto, sendo que o recinto do Benfica – o único dos três com capacidade mínima de 60.000 lugares – poderá acolher uma das meias-finais da competição.

Portugal estreia-se na organização de Mundiais, após já ter recebido o Europeu de 2004, a Espanha organizou o Euro1964 e o Mundial1982 e Marrocos acolheu unicamente a Taça das Nações Africanas (CAN) em 1988, condição que irá repetir em 2025.