"Ir ao Mundial da África do Sul é uma ambição que tenho. Ultimamente não fui opção do seleccionador tanto quanto gostaria de ser, mas mantenho essa ambição e sempre que for chamado a jogar espero estar ao melhor nível e dar garantias a quem decide", disse, há cerca de dois meses.

A titularidade de Helton tapou-o toda a época - apenas era escalado para a Taça de Portugal -, mas nos últimos jogos o brasileiro ficou no banco e Beto, com apenas uma internacionalização, renasceu para o sonho.

Queiroz chamou o indiscutível Eduardo (titular nos oito últimos desafios do apuramento) e Beto parte, assim, em posição desfavorável rumo à titularidade, sendo que a chamada é, por si, já um grande prémio.

Beto é ágil e tem espírito extremamente competitivo, mas não prima pela altura - "apenas" 1,80 metros -, destacando-se pela capacidade de defender grandes penalidades, qualidade que poderá ser útil em caso de algum dia Portugal precisar desempatar uma eliminatória com pontapés da marca dos 11 metros.

O guarda-redes subiu a pulso na carreira, pois quando chegou a sénior andou quatro anos repartidos entre o Sporting B e o Casa Pia, por empréstimo: Desportivo de Chaves e Marco seguiram-se nos escalões secundários até que em 2006 acabou no Leixões e chegou à Liga.

Depois de uma época em que foi determinante no sucesso desportivo dos matosinhenses, foi contratado pelo FC Porto, mas não conseguiu impor-se a Helton, um guarda-redes mais experiente e com provas dadas.

Ao fazer os últimos jogos pelos "dragões" acabou por ganhar o passaporte para a África do Sul mesmo em cima da meta, naquele que será o ponto mais alto da sua carreira.

Nome: António Alberto Bastos Pimparel "Beto"

Data de Nascimento: 01 Maio de 1982 (28 anos).

Naturalidade: Loures.

Clube: FC Porto.

Posição: Guarda-redes.

Percurso: Sporting B (2000-2002), Casa Pia (empréstimo 2002-2004), Desportivo de Chaves (2004-2005), Marco (2005-2006), Leixões (2006-2009) e FC Porto (desde 2009).

Internacionalizações/golos: 1/0

Passado no mundial (jogos): Nenhum.

Títulos mais importantes: Nada a assinalar.