
O Liverpool prepara-se para disputar, este domingo, o seu primeiro encontro de pré-época, naquela que será a primeira vez que os reds entram em campo após a trágica morte de Diogo Jota, e o treinador Arne Slot, num discurso emocionante, abordou o tema, o que significava Diogo Jota no plantel e a importância que teve na última temporada, repleta de sucessos.
"Tudo isto teve um grande impacto em nós, mas nada quando comparado à perda sentida pelos seus pais, a esposa Rute, os filhos e os restantes familiares. O primeiro sentimento que todos nós temos é de tristeza. O segundo sentimento que me vem à mente é o de orgulho. Acho que todos se podem orgulhar muito do jogador e da pessoa que ele era, principalmente da pessoa. Conversei com muitos dos seus companheiros de equipa e todos o elogiaram muito. Dizem como ele era uma pessoa gentil e que sempre foi ele mesmo", começou por dizer.
"Vamos levá-lo sempre connosco nos nossos corações, nos nossos pensamentos, onde formos. Talvez especialmente nos momentos difíceis. Retirar a camisola dele era a única coisa que poderíamos e deveríamos ter feito", prosseguiu.
"Creio que os nossos adeptos podem ficar muito orgulhosos dos jogadores que temos neste clube, mas não é só pela conquista do campeonato. É pelo que eles fizeram na última semana, face à união que tiveram quando estivemos juntos em Portugal nas cerimónias fúnebres. Os adeptos não poderiam ter pedido mais dos nossos jogadores, no que diz respeito a quão grandes seres humanos eles são. Não eram só os adeptos do Liverpool nas homenagens. Era a cidade inteira, também com adeptos do Everton. A cidade, o país, o mundo todo. Representar este clube significa ainda mais agora para mim", acrescentou.
"Somos um clube de futebol e precisamos de treinar e jogar novamente, quer queiramos ou não. O que eu disse aos jogadores posso dizer aqui também. É muito difícil encontrar as palavras certas porque debatemos constantemente o que é apropriado. O que é apropriado nas nossas ações? O que é apropriado para o que temos a dizer? Podemos treinar novamente? Podemos rir novamente? Podemos ficar com raiva se houver uma decisão errada? Disse-lhes apenas que a melhor coisa a fazer talvez seja lidar com isto como Diogo Jota sempre lidou", sublinhou Slot.
"O Diogo Jota sempre foi ele mesmo, não importava se ele estava a falar comigo, com os seus companheiros de equipa ou com a equipa técnica, porque ele sempre foi ele mesmo. Por isso, vamos tentar ser nós mesmos também. Se quisermos rir, rimos. Se quisermos chorar, vamos chorar. Se eles querem treinar, podem treinar. Se não querem treinar, não podem treinar. Mas temos de ser nós mesmos. Não podemos pensar que precisamos de ser diferentes daquilo que as nossas emoções transmitem", terminou o técnico neerlandês.
Comentários