O Manchester City sagrou-se esta tarde campeão inglês, ao receber e vencer o Aston Villa por 3-2, terminando assim a classificação da Premier League 2021/22 com mais um ponto do que o Liverpool, que venceu o Wolverhampton por 2-1.
Contado assim, parece que foi simples e que tudo correu com a naturalidade que se esperava. Mas não foi - de todo - assim. A emoção foi muita e o City (embora nunca tenha estado atrás na classificação durante esta última jornada, visto que o Liverpool só chegou ao triunfo perto do fim) perdia por 2-0 à entrada para o quarto de hora final, antes de marcar por três vezes no espaço de cinco minutos.
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A jogar em casa, frente ao Aston Villa, treinado por Steven Gerrard, o o Manchester City só dependia de si: ganhava e a revalidação do título estava garantida. Mas até podia nem ser necessário. Bastava fazer um resultado idêntico ao que o Liverpool lograsse na receção ao Wolverhampton de Bruno Lage.
As coisas até começaram a correr bem ao City, mas...
E a tarde até começou com boas notícias para os 'cityzens', que contaram com João Cancelo e Bernardo Silva no 'onze' inicial. É que estavam decorridos apenas oito minutos de jogo quando o português Pedro Neto marcou para os Wolves e colocou o Liverpool em desvantagem.
Na classificação virtual, o City ficava assim com dois pontos de vantagem sobre os 'Reds'. Só que, o Liverpool (que teve Diogo Jota de início) não acusou o golo sofrido e empatou a meio da primeira parte, graças a um golo de Sadio Mané.
Com o City ainda empatado ante o Villa e com o Liverpool novamente em igualdade, a classificação voltava à primeira forma, com os 'cityzens' com um ponto de vantagem. Mas novo golo ainda nas primeiras partes, desta feita em Manchester, alteraria novamente as contas da tabela virtual, com Cash a surpreender e a dar vantagem ao Aston Villa num cabeceamento fantástico.
Nervosismo à flor da pele no Ethiad e em Anfield, reviravolta fantástica...e City campeão
As segundas partes arrancaram então com as duas equipas em igualdade pontual na classificação virtual, mas com o City ainda com uma mão no título, visto ter vantagem sobre o Liverpool na diferença de golos. Porém, um golo dos 'Reds' invertia a situação e a turma de Jurgen Klopp marcou mesmo no quarto de hora inicial, mas o golo foi invalidado por fora de jogo.
No Ethiad roíam-se as unhas e o City tentava o tudo por tudo para marcar, desperdiçando algumas boas ocasiões de golo no arranque dos segundos 45 minutos. Só que, à medida que o relógio ia avançando, o nervosismo ia aumentando, num estádio e no outro.
De tal forma que o City, balanceado para a frente, voltou a sofrer um golo. E assinado por um antigo jogador do Liverpool! Acabado de ser contratado em definitivo pelo Aston Villa, Phillipe Coutinho recebeu um passe longo com grande classe e rematou de pronto, rasteiro, sem hipóteses de golo para Ederson.
Estava feito o 0-2 em Manchester e o Liverpool precisava de um golo para passar para a frente do marcador ante o Wolverhampton e da classificação. Mas quem marcou foi o City....por três vezes!!! Saltado do banco pouco antes, Gundogan reduziu para 1-2.
O golo deu novo ânimo aos 'Cityzens' e aos adeptos e o empate não tardou. Rodri, assistido por Zinchenko, fez o 2-2 e, apenas três minutos volvidos, Gundogan, herói inesperado, bisou na partida e colocou o City na frente, desta feita assistido por Kevin de Bruyne. Depois dos míticos gritos por 'Agueroooooooooooooooooooooo' em 2012, desta vez os grito terá sido 'Gundogaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan'.
O City estava um pouco mais tranquilo, mas em Anfield o Liverpool marcava logo depois e colocava-se em vantagem por Salah. Tudo na mesma na classificação outra vez apenas um ponto a separar as duas equipas. O City não podia sofrer, sob pena de perder o título.
Mas não sofreu e sagrou-se mesmo bicampeão, apesar de o Liverpool ainda ter chegado ao terceiro golo. Depois de tanta emoção ao fim de 90 minutos, os resultados acabaram por ser os mais naturais, com City e Liverpool a vencerem os respetivos encontros. Mas a emoção, essa, durou até ao fim!
O Manchester City conquistou, desta forma, o oitavo título de campeão inglês da sua história, o quarto nas últimas cinco épocas.
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