O selecionador francês de futebol, Didier Deschamps, considerou hoje que a altercação física que opôs os treinadores Arsène Wenger e José Mourinho são explicadas por situações em que se está “dominado pela emoção”.
“Somos todos humanos. Isto pode acontecer quando vivemos o momento”, desvalorizou o selecionador, a dias de defrontar Portugal em Paris em desafio particular, comentando o pequeno empurrão que o seu compatriota deu no domingo a José Mourinho na derrota (2-0) do Arsenal na visita ao Chelsea.
Deschamps garante que os treinadores tentam sempre “manter o maior controlo possível”, mas admite que problemas podem acontecer “no momento”.
“O Wenger é alguém habitualmente calmo, que controla as suas emoções. Neste contexto emotivo, reagiu assim”, completou.
As relações entre José Mourinho e Arsene Wenger são cada vez mais frias e no domingo chegaram a discutir cara a cara, com o francês a afastar o português de forma menos cordial.
O incidente surgiu aos 20 minutos, após uma entrada mais violenta de Gary Cahill (Chelsea) e Alexis Sanchez, sancionada com cartão amarelo.
Considerando a sanção ligeira, Wenger saiu da sua zona para protestar com o árbitro auxiliar, antes de se virar para Mourinho, igualmente fora da sua área de ação.
Após breve troca de palavras, cara a cara, com Mourinho a mandar o rival de volta à sua zona de ação, Wenger empurrou o português pelos braços até que chegaram outros elementos a separá-los, devolvendo-os aos respetivos bancos, sem apertarem a mão.
No fim, Mourinho admitiu já ter feito “muita coisa errada no futebol”, mas garantiu que “não desta vez”.
Wenger assumiu que saiu da sua área de ação, “porque não estava contente com a falta e queria ver o que se passava, até que alguém se meteu à frente e foi só isso”.
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