Os clubes da Liga inglesa de futebol votaram hoje favoravelmente a introdução, a partir de janeiro de 2021, de duas substituições suplementares por jogo e para cada equipa, em caso de concussão cerebral dos jogadores, anunciou o organismo.
Caso uma equipa proceda a uma substituição devido a esse tipo de lesão, o adversário também terá direito a uma substituição suplementar no mesmo momento, independentemente do número de alterações já efetuadas.
Em 29 de novembro, Raul Jiménez foi operado a uma fratura craniana, após um choque violento com o defesa David Luiz, no jogo entre Wolverhampton e Arsenal, que deixou o internacional mexicano inconsciente.
No fim de semana, na Alemanha, o avançado Mark Uth, do Schalke, teve assistência intravenosa em pleno relvado, do qual saiu inconsciente, igualmente com uma concussão cerebral, após um choque com a cabeça.
Na quarta-feira, o Internacional Board (IFAB) tinha anunciado que seria testada, a partir de janeiro de 2021, a introdução de uma substituição adicional no caso de um futebolista sofrer uma concussão durante o jogo.
“O objetivo é evitar que o jogador em causa sofra um segundo choque na cabeça na mesma partida, o que pode ter graves consequências. A saída do jogador deixa tempo para avaliar adequadamente a sua saúde. Uma concussão pode ter efeitos tardios e pode ser inicialmente subestimada”, disse o diretor técnico do IFAB, David Elleray, através de teleconferência.
Já hoje, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o sindicato dos jogadores informaram estar a trabalhar na adaptação à realidade portuguesa das recomendações internacionais sobre a temática da concussão cerebral em treino e jogo.
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