Ruben Amorim concedeu uma entrevista à TNT Sports, onde abordou vários temas da realidade no Manchester United.

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"O engraçado é que precisas de ter uma equipa que compreenda. Não é o resultado, mas já compreendes como será o jogo. Vamos ter o controlo, isto vai acontecer. Talvez percamos por causa de uma transição ou de uma jogada ensaiada, mas o jogo vai ser assim. Com a minha equipa, no momento, nunca se sabe. E essa sensação de incerteza, se estiverem conectados, ficaremos bem. Podemos não jogar bem, mas ficaremos bem. Mas se não estiverem conectados, nunca se sabe", começou por dizer em entrevista a Owen Hargreaves na TNT Sports.

Sobre os objetivos em relação a esta temporada aponta à Europa. "Acho que precisamos de voltar à Europa. O engraçado é que é difícil para os nossos adeptos entenderem isso. Não sei o que vai acontecer. Vamos jogar melhor. É o que sinto. E penso nisso todos os dias. E se assistires aos jogos, vais sentir que podemos ganhar», atirou, explicando o que falta no jogo e que acontece no treino. «É mais liberdade. Esse é o ponto chave. Não são as jogadas fantásticas. É a liberdade dos jogadores. Eles têm muito mais para mostrar. Acho que estamos a melhorar, mas há potencial para fazer mais", disse.

Amorim considera que a Premier é a melhor liga do mundo e explica porquê: "Não estou a dizer que é mais difícil. Não vou ter essa conversa com ninguém, porque a LaLiga será difícil. A liga italiana seria difícil. Mas aqui, se te sentares e gostares de futebol e assistires a um jogo da LaLiga, mesmo das equipas superiores e assistires a um jogo daquele fim de semana, e depois mudares de canal para a Premier League, o jogo é completamente diferente. A fisicalidade, as segundas bolas, todas as jogadas ensaiadas, tem de se ser muito forte, muito conectado. Muitas corridas. E isso é algo que se pode medir. Mas se olharmos para o jogo, muitas transições com muita potência são completamente diferentes das outras ligas. E acho que é por isso que, para mim, esta é a melhor liga do mundo", atirou abordando ainda a questão dos três centrais.

"Eu comecei com o '4-4-2', mas mudei por causa de pequenas coisas que vi outras equipas a fazer. Cresci a ver a Liga Italiana e com velhas cassetes de [Johan] Cruyff com construção a três. Quando comecei a treinar, normalmente todas as equipas construíram a três e nós tínhamos dificuldades na defesa a quatro, com os laterais adversários a pressionar-nos, então comecei a pensar no que tinha de fazer - essa é a parte divertida para mim - e fiquei neste sistema. A parte divertida é tentares adaptar o teu sistema a qualquer adversário. O sistema vai mudar, mas às vezes isso demora tempo e é isso que estou a tentar fazer aqui".