Depois de 10 vitórias (8 das quais consecutivas) e 1 empate nos 11 primeiros jogos na I Liga desde o regresso de Bruno Lage ao leme da equipa, o Benfica sofreu na noite de sábado a segunda derrota consecutiva, batido em casa, por 2-1, por um SC Braga que continua a mostrar mais força fora de portas do que no seu estádio.
Para o Benfica, foram os primeiros 3 pontos perdidos na Luz no campeonato esta época. Nas últimas 5 jornadas as águias deixaram fugir 8 pontos. As exibições nos últimos tempos - salvo uma o outra exceção - já não estavam a ser as melhores e agora essas exibições menos conseguidas começaram a refletir-se nos resultados.
Contra o SC Braga, no primeiro jogo de 2025, o Benfica teve uma primeira parte para esquecer. Pouco fulgor, pouco ímpeto, poucas jogadas com início, meio e fim, apenas um lance de perigo criado, perdas de bola em zona perigosa e falhas defensivas. Tudo isto resultou numa desvantagem de 2-0 ao intervalo, com o Braga a aproveitar da melhor forma tamanho marasmo por parte das águias.
O Benfica despertou na segunda parte, com a entrada de Arthur Cabral ao intervalo, e progressivamente foi criando mais e mais perigo, até marcar mesmo (já aos 78 minutos) por intermédio do brasileiro. Mas foi demasiado pouco, demasiado tarde. E depois do golo, apesar de continuar a encostar o Braga à sua área, o Benfica não voltou a criar real perigo. Na próxima quarta-feira há novo duelo entre as duas equipas (para as meias-finais da Taça da Liga) e o Benfica terá de se apresentar com outra personalidade se quiser que o resultado seja diferente.
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O jogo: SC Braga aproveitou o que o Benfica lhe concedeu
Em relação à derrota de Alvalade, uma semana antes, o Benfica entrou em campo com Leandro Barreiro no lugar de Florentino e Pavlidis de volta à titularidade na frente de ataque. E o grego ficou bem perto de marcar aos 8 minutos, num lance em que ladeou Matheus, mas de ângulo apertado atirou às malhas laterais da baliza deserta.
Seria a única ocasião de golo do Benfica numa primeira parte em que o Braga marcou duas e ainda criou outra pelo meio, com as águias totalmente adormecidas em campo. Fran Navarro - em dia de estreia pelos minhotos - fez o 1-0 aos 17 minutos a passe de Victor Gómez, fugindo a Tomás Araújo, e desviando com êxito na cara de Trubin. Robson Bambu, completamente solto de marcação, fez de cabeça o 2-0 aos 40 minutos, na sequência de um canto. E, pelo meio, Bruma ainda testou Trubin.
A segunda parte foi diferente. Lage fez entrar Arthur Cabral para o lugar de Aursnes, o Benfica remeteu o Braga ao seu meio-campo (os minhotos praticamente não saíram da sua área no segundo tempo) e as oportunidades começaram a surgir. Bah testou Matheus com um remate de longe, Arthur Cabral cabeceou ligeiramente ao lado e Pavlidis chegou ligeiramente atrasado para desviar um centro-remate de Di Maria, na última ação do grego no jogo antes de ser substituído.
O golo do Benfica adivinhava-se, mas contudo apenas apareceu já dentro do quarto de hora final, aos 78 minutos. Perda de bola de Ricardo Horta, Leandro Barreiro tocou para Arthur Cabral e este ajeitou e, ainda de fora da área, de pé esquerdo, atirou a contar para um grande golo. Só que, depois de marcar, e apesar de continuar a dominar, o Benfica criou qualquer situação de real perigo, sendo mesmo o Braga a ficar perto do 3-1, mesmo a fechar.
O momento: Robson Bambu eleva para 2-0
Minuto 40: Canto de Ricardo Horta, Robson Bambu, completamente solto de marcação, cabeceia à vontade e faz o 2-0, num golo que resume na perfeição o que foi o primeiro tempo das águias. O Braga via-se com dois golos de vantagem e o Benfica pagava caro tudo o que não fez na primeira parte, ficando com uma autêntica montanha para escalar no segundo tempo. Uma montanha que se revelou, efetivamente, demasiado alta.
A figura: Um Bambu bem firme atrás e a marcar à frente
O Braga aproveitou a desinspiração do Benfica para marcar por duas vezes na primeira parte e também aí o central brasileiro disse presente, ao assinar de cabeça o 2-0 no seguimento de um canto. Mas Robson Bambu fez muito mais do que marcar esse golo e também atrás, no no eixo da defesa minhota, foi determinante, ganhando a maioria dos duelos defensivos que disputou .
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