Num jogo em que criou muitas ocasiões de golo praticamente desde o apito inicial, o Sporting só conseguiu marcar à entrada para o quarto de hora final, acabando ainda assim por somar um triunfo merecido, por 3-0, sobre um Moreirense que pouco criou no ataque, mas que se mostrou um osso duro de roer na defesa até sofrer o primeiro golo.

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E o primeiro golo (tal como o segundo) só surgiu da marca dos onze metros, com Luis Suárez (muito perdulário até aí), a converter um penálti por falta sobre Francisco Trincão, que num lance individual acabou derrubado em falta na grande área do Moreirense. Foi também Trincão, com toda a sua qualidade técnica, a sofrer a falta que esteve na origem da segunda grande penalidade, já bem perto do minuto 90, essa convertida por Pedro Gonçalves, que também já tinha ameaçado o golo de bola corrida por várias ocasiões.

Numa noite em que a falta de eficácia durante 75 minutos começava já a fazer a ansiedade crescer em Alvalade, quer nos adeptos, quer nos jogadores, depois do 2-0 ainda houve tempo para mais um golo, com a estreia a marcar do grego Fotis Ioannidis mesmo no derradeiro lance da partida.

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A figura

Francisco Trincão desatou o nó

Depois de abrir caminho ao triunfo sobre o Kairat Almaty a meio da semana, para a Liga dos Campeões, com dois golos, desta vez Trincão não marcou, mas foi uma vez mais ele a desbloquear um jogo que, perante tanto desperdício, se estava a complicar. Foi ele que, em duas iniciativas individuais na grande área do Moreirense, sofreu as faltas que deram origem às grandes penalidades de onde nasceram os dois primeiros golos. Está em grande forma e é, neste momento, o homem mais faz a diferença no Sporting.

Outros destaques

André Ferreira defendeu tudo o que podia

A falta de ineficácia do Sporting e o adiar do primeiro golo dos leões também de ficou a dever, e muito, à excelente exibição do guarda-redes do Moreirense. André Ferreira acabou o encontro com uma dezena de defesas, algumas delas verdadeiramente fantásticas.

Luis Suárez demasiado perdulário

O colombiano até marcou o primeiro golo, de grande penalidade, mas num misto de infelicidade e falta de eficácia, tinha até aí desperdiçado várias oportunidades. Suárez tem mostrado qualidade e muita capacidade de pressão no ataque leonino, mas o Sporting vai precisar ao longo da época que o seu principal ponta-de-lança não seja tão perdulário.

Moreirense só com um remate enquadrado

A realizar um excelente arranque de campeonato, o Moreirense entrou em campo em igualdade pontual com o Sporting. E pareceu que o principal objetivo era mesmo regressar a Moreira de Cónegos ainda com os mesmos pontos do bicampeão, ou seja, sair de Alvalade com um empate. A equipa de Vasco Botelho Costa apresentou-se com um bloco muito baixo, demorando muito tempo nas reposições de bola e acabou o encontro com apenas um remate enquadrado (que não assustou João Virgínia). Pouco, para quem entrou para esta jornada no 3.º lugar da tabela classificativa.

Do banco dos leões vieram soluções

Depois de uma primeira parte de grande intensidade, em que só faltou o golo, o Sporting entrou bem mais adormecido no segundo tempo. Então, Rui Borges mexeu na equipa e os leões voltaram a despertar. Do banco saltaram Morita e Maxi Araújo, que trouxeram (sobretudo o uruguaio) a intensidade (e os lances de perigo) de volta até ao momento do primeiro golo. Depois, também entraram Alisson e Ioannidis, que fabricaram o terceiro golo, com o extremo brasileiro a assistir o avançado grego para o 3-0 final.

As reações

- Rui Borges destaca “caudal ofensivo” e elogia Trincão após triunfo do Sporting sobre o Moreirense

- Luis Suárez após triunfo do Sporting: “Foi uma vitória que deu muito trabalho”

- Vasco Botelho da Costa: “Sporting foi melhor, não há grande história quanto ao resultado”

O resumo