A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) acusou esta sexta-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de abrir um “precedente grave” na defesa dos árbitros e voltou a lamentar a falta de policiamento nos jogos.
«Julgamos caber à FPF o dever desportivo e moral de praticar o exemplo perante os seus órgãos homólogos associativos e contribuir para a defesa da justiça e não para a banalização deste género de acontecimentos, dando azo à ironia e ridicularização na opinião pública», lê-se num comunicado da APAF.
O organismo refere-se a um conjunto de episódios recentes de agressões a árbitros em partidas das divisões inferiores, demonstrando «estranheza perante as punições residuais atribuídas pelo Conselho de Disciplina da FPF».
«Abre-se lamentavelmente, desta forma, um precedente grave que viabiliza situações idênticas de ocorrerem no futuro», aponta a APAF.
Sobre os acontecimentos em Braga, a direção da APAF recorda que estes incidentes são «cada vez mais recorrentes», principialmente devido ao novo decreto-lei sobre o policiamento nos eventos desportivos.
«Ao contrário das declarações proferidas pelo Ministro Miguel Relvas, infelizmente, este género de situações são, de há algum tempo a esta parte, cada vez mais recorrentes, tendo para isso contribuído a não obrigatoriedade do policiamento. Embora nos escalões de futebol profissional isso seja menos frequente, muitos foram os jogos de escalões inferiores e/ou desporto não profissional interrompidos devido a atos de violência nos recintos desportivos emPortugal. Mais um sinal que a lei deverá ser revista com a maior brevidade possível a fim de minimizar ou pôr cobro a estes acontecimentos», defende.
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