A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) exigiu hoje a retirada imediata dos dados pessoais de árbitros divulgados na Internet e pede proteção para os “juízes” e seus familiares.
«Os dados pessoais dos árbitros têm de ser imediatamente retirados da Internet ou de qualquer outro suporte público», afirmou o presidente da APAF, em declarações à agência Lusa.
Gustavo Sousa disse que o organismo «exige que as autoridades desportivas e políticas deem garantias em relação à segurança pessoal dos árbitros e dos seus familiares, e reserva-se o direito de recorrer a todos os meios para por cobro à situação».
O presidente da APAF considerou «absolutamente inadmissível que moradas de familiares, pais, mães de árbitros, números de telefone e moradas sejam do conhecimento público».
«Este crime é deveras intolerável contra a segurança dos excelentes profissionais da arbitragem portuguesa», frisou.
De acordo com Gustavo Sousa, a APAF já fez uma queixa à Polícia Judiciária e está a preparar um processo para entregar na Comissão Nacional de Proteção de Dados, que, entretanto, já abriu um processo de averiguações para apurar a forma como foi acedida e disponibilizada a informação na Internet.
A estrutura de classe pediu a «todos os agentes desportivos, adeptos e cidadãos que repudiem este crime», que classificou como «um ato bárbaro contra a arbitragem portuguesa».
O Diário de Notícias noticiou hoje que os dados pessoais dos árbitros das competições profissionais, como números de telefone, moradas, nome de familiares, números de contribuinte e números de contas bancárias, foram divulgados na Internet, a 17 de março, numa lista que continua disponível.
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