A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) condenou hoje, em comunicado, a vandalização da casa do árbitro Jorge Sousa, bem como "qualquer tipo de ameaças" junto de árbitros e respetivas famílias.
"A direção da APAF, na pessoa do seu presidente, já mostrou total solidariedade para com o árbitro, que, apesar do triste episódio, se mantém completamente focado e preparado para o jogo de amanhã (sábado)", pode ler-se na nota, que se refere ao jogo Benfica-Santa Clara, um dos dois encontros decisivos para o a atribuição do título, da 34.ª e última jornada da I Liga.
APAF critica o facto de serem divulgadas antecipadamente as nomeações dos árbitros para os jogos: "Esta situação vem demonstrar, mais uma vez, que a divulgação pública das equipas de arbitragem não deverá ser o caminho a seguir, enquanto a mudança de cultura desportiva no nosso país não seja uma realidade".
O organismo que representa os árbitros manifestou ainda a esperança de que o defeso permita uma melhoria no ambiente criado no futebol português.
"Esperamos que este defeso sirva para todos juntos encontrarmos soluções, incluindo aumentos punitivos, nos regulamentos, para os agentes desportivos que teimam em alimentar estas guerras comunicacionais constantes", conclui a nota.
O árbitro do jogo de sábado entre Benfica e Santa Clara viu hoje a sua casa vandalizada, tendo apresentado queixa às autoridades, segundo disse à agência Lusa fonte do Conselho de Arbitragem.
A mesma fonte explicou que o árbitro da associação do Porto apresentou de imediato queixa na GNR da sua área de residência, em Lordelo, acrescentando que o CA da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) se solidarizou com o juiz e se disponibilizou para ajudar no que for necessário.
O órgão federativo, tal como fez em casos idênticos anteriormente, acionou um reforço para a segurança de Jorge Sousa, nomeadamente nas viaturas em que se desloque e na unidade hoteleira em que vai pernoitar.
Comentários