Em causa está a não adequação dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD) e a medida afectará as transferências de verbas para as associações previstas nos contratos-programa, a suspensão de novos projectos e o usufruto de benefícios fiscais.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Futebol de Leiria, Júlio Vieira, reafirmou as críticas a Laurentino Dias e os três pontos em que os dirigentes regionais não transigem.
As estruturas distritais rejeitam a eleição do conselho de arbitragem por método de Hondt, a nova distribuição de votos na assembleia-geral da FPF (agora com dois terços, as associações ficarão com apenas 30 por cento de votos) e o protocolo FPF/Liga para a organização dos campeonatos profissionais.
“São três matérias em que é necessário ter algum bom senso e procurar pontos de equilíbrio”, afirmou Júlio Vieira, acrescentando: “O senhor secretário de Estado, em vez de procurar um caminho de consenso, procurou mais uma vez o caminho da hostilização”.
O representante da comissão delegada das associações distritais acusa Laurentino Dias de ter uma “gestão de agenda política” nesta matéria.
“Infelizmente, continuamos no registo do ‘eu posso, quero e mando’ e só não foi mais cedo porque houve umas eleições e era preciso não fazer ondas e ganhar votos. Por isso, esta questão não se colocou há mais tempo, apenas por interesse político”, comentou.
Júlio Vieira acusou ainda Laurentino Dias de incapacidade para resolver dos problemas do desporto dito amador: “O senhor secretário de Estado está há cinco anos no cargo e, nestes cinco anos, não conseguiu resolver qualquer problema do desporto não profissional em Portugal. Nem um…”
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