O Sporting de Braga ficou em quarto lugar na I Liga de futebol 2023/24, classificação mais vezes obtida na sua história, tendo falhado uma inédita repetição do terceiro posto muito por culpa das debilidades defensivas demonstradas.
Com a derrota, em casa, na última jornada, diante do FC Porto (1-0), a equipa falhou o ‘assalto’ ao pódio, quando precisava de vencer para ultrapassar os ‘dragões’. Isso teria permitido repetir o terceiro posto, o que aconteceria pela primeira vez em mais de 100 anos de vida dos ‘arsenalistas’.
Os bracarenses, que terminaram na quarta posição pela 12.ª vez, classificação que mais vezes repetiram no principal escalão, foram uma das piores defesas da prova (só oito equipas sofreram mais), sendo o seu pior registo dos últimos 25 anos: repetiram a marca de 50 golos sofridos de 1998/99.
Esse desequilíbrio defensivo penalizou muito a equipa que até foi o terceiro melhor ataque, com 71 golos, à frente do FC Porto (63) e com apenas menos seis que o Benfica (77) - mais longe do campeão Sporting (96).
O início do campeonato, com uma derrota caseira diante do Famalicão (2-1), e as dificuldades sentidas nas jornadas seguintes, nas vitórias de ‘reviravolta’ em Chaves (4-2) e Moreira de Cónegos (3-2), com um empate, na ‘Pedreira’, com o Sporting (1-1) pelo meio, marcaram o tom dos minhotos na prova.
A melhor sequência deu-se entre as 10.ª e 13.ª jornadas, com quatro triunfos seguidos, mas, entre janeiro e fevereiro, em seis rondas, a equipa baqueou.
Dois empates caseiros (com o último Desportivo de Chaves e com o rival Vitória de Guimarães), duas derrotas (uma delas a goleada por 5-0 sofrida em Alvalade) e dois triunfos sofridos, marcaram a equipa e alguma contestação a Artur Jorge, que culminaria com a sua saída, não sem polémica, no início de abril, para os brasileiros do Botafogo.
Para o substituir e fazer as últimas sete jornadas, António Salvador fez ‘subir’ dos sub-23 Rui Duarte, solução tornada pública em 03 de abril, na mesma conferência de imprensa em que, entre críticas a Artur Jorge, revelou que o futuro treinador seria Daniel Sousa, técnico do Arouca.
Com um calendário difícil pela frente, a estreia foi de pesadelo, com a derrota por 3-0, em Braga, diante, precisamente, do Arouca. O saldo de Rui Duarte seria positivo, mas à justa: quatro vitórias e três derrotas (a outra foi com o Benfica, na Luz).
No mercado de inverno, saíram os experientes Al Musrati (vendido ao Besiktas), André Horta (emprestado ao Olympiacos) e Castro (Moreirense), tendo apenas entrado Cher Ndour (19 anos), por empréstimo do Paris Saint-Germain, que nunca se impôs na equipa e que validou a ideia de um certo desinvestimento do plantel.
O experiente João Moutinho, o extremo Álvaro Djaló – acabou a época, mas já foi vendido em março ao Atlhetic por 15 milhões de euros - e Banza, melhor marcador da equipa, com 21 golos, igualando a marca de Chico Gordo de 1978/79, foram os melhores.
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