O Benfica recebeu e venceu na tarde deste sábado o SC Braga por 3-1, colocando-se assim a quatro pontos do líder Sporting, que domingo visita o terreno do FC Porto.

O triunfo das águias, porém, não foi fácil. Num jogo em que os adeptos encarnados, em protesto, chegaram mesmo a provocar a interrupção do encontro devido ao envio de artefactos pirotécnicos para o relvado, o Braga foi o primeiro a marcar, por Ricardo Horta, e saiu para o intervalo em vantagem. Mas na segunda parte Marcos Leonardo saltou do banco para restabelecer a igualdade antes de o seu compatriota David Neres cabecear para a vitória.

Primeiros minutos de silêncio e bola na barra

O Braga entrou melhor e criou algum perigo nos minutos iniciais. Aos 4 minutos, um cruzamento de Zalazar à procura de Banza levou a bola atravessar toda a área sem sofrer qualquer desvio, acabando por sair pela linha lateral. Pouco depois, na sequência de um pontapé de canto, Ricardo Horta rematou à figura de Trubin.

Os primeiros minutos foram, também, de silêncio por parte das claques de Benfica, em protesto com o treinador, direção e exibições da equipa. Ainda assim, o Benfica começou a reagir e a criar perigo. E de que maneira. Na sequência de um canto estudado batido por Neres, Di María levantou para o segundo poste onde Bah assistiu Arthur Cabral de cabeça, com a finalização do brasileiro a esbarrar na trave.

Pouco depois, aos 14 minutos, o Benfica voltou a criar perigo. Valeu, então, Niakaté, que com um grande corte impediu o golo de Rafa.

Braga responde, ameaça, marca e...jogo interrompido

Mas o esse ascendente do Benfica foi sol de pouca dura e o Braga voltou a chegar perto da baliza das águias com muito perigo. Valeu Trubin a travar um remate forte de Ricardo Horta, com uma defesa atenta, para canto. Foi, contudo, um aviso para o que se iria seguir.

É que aos 28 minutos Ricardo Horta marcou mesmo. Álvaro Djaló passou por Otamendi, cruzou atrasado e Horta apareceu a rematar de primeira. A bola passou por baixo das pernas de Trubin, com a visão tapada por Banza, e acabou dentro da baliza encarnada. João Pinheiro ainda fez um compasso de espera, para que o VAR avaliasse a posição do ponta de lança minhoto, mas acabou mesmo por validar o golo.

E se o ambiente já era tenso nas bancadas, o golo do Braga foi a gota de água que fez transbordar o copo. Quase de imediato, à passagem da meia hora de jogo, as claques encarnadas desembrulharam tarjas de protesto e enviaram para o relvado mais de uma dezena de tochas, para a zona da grande área de Trubin, levando a que o jogo fosse interrompido durante alguns minutos.

Depois de retomada a partida, foi o Braga a ficar muito perto do 2-0. Trubin, contudo, negou o golo a Djaló. Na resposta o Benfica quase empatou, no seguimento de um cruzamento de Di María e de um primeiro desvio de Arthur Cabral, com a bola a sobrar para o Aursnes, que em excelente posição atirou para fora.

Marcos Leonardo salta do banco para evitar derrota

O resultado não sofreu, então, alterações até ao intervalo e o Benfica surgiu, depois, com outra atitude para o segundo tempo, encostando progressivamente o Braga à sua grande área. Contudo, as ocasiões claras de golo não eram muitas.

Uma das raras exceções surgiu aos 57 minutos, quando Arthur Cabral não chegou a tempo a um cruzamento de Rafa e, pouco depois, quando Matheus defendeu a soco um remate de Di María.

Mas aos 70 minutos Marcos Leonardo saltou do banco e aos 71 marcou e empatou mesmo a partida. Matheus afastou a soco um livre de Di María, João Mário na recarga, acertou em Ndour, a bola sobrou para o jovem avançado brasileiro e este, com um excelente gesto técnico, marcou na primeira vez que tocou no esférico.

Cambalhota no marcador ao cair do pano...e grito de revolta

Motivado pelo golo e, enfim, com os adeptos a fazerem-se ouvir, o Benfica galvanizou-se e acabou mesmo por virar o marcador. Aos 85 minutos, contra-ataque rápido dos encarnados, Kokçu lançou Di María e o argentino cruzou de forma milimétrica para o segundo poste, onde aparece Neres a finalizar de cabeça, fazendo a cambalhota no marcador.

E ainda houve tempo para Marcos Leonardo bisar no encontro. Já bem dentro do período de descontos, depois de um lançamento lateral de Carreras, Marcos Leonardo aproveitou a desconcentração da defesa bracarense para rematar à meia-volta e bisar na partida.

O Benfica, para além de reduzir, à condição, a desvantagem pontual para o Sporting para quatro pontos e colocar alguma pressão sobre os leões, garante também matematicamente o segundo lugar e o acesso à Liga dos Campeões na próxima época.

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