O treinador do Boavista disse hoje que se preparou para visitar o Belenenses, que considera uma das três melhores na posse de bola da I Liga de futebol, no sábado, no Estádio Nacional, em Oeiras.
O facto de o Boavista ter só oito golos marcados "não significa uma fraca produção ofensiva", segundo Jorge Simão, considerando que "o resultado dessa produção é que não tem sido bom".
O técnico explicou melhor a sua ideia sustentando que "uma coisa é a criação de situações claras para finalizar e outra são as bolas que entram dentro da baliza, porque, "se forem contabilizadas só às bolas que entram na baliza não é uma produção boa até este momento".
O dado positivo são "os vários remates por jogo e as muitas aproximações com perigo à baliza adversária", considerou Jorge Simão, vendo aí um fator que lhe "dá segurança".
"Não acho que os registos dos golos marcados ou sofridos, tanto pelo Belenenses como pelo Boavista, tenham qualquer importância no que vai ser o desfecho do jogo. O que eu sinto é que nós temos produzido situações de golo", afirmou.
O Boavista tem um dos ataques com menos golos marcados no campeonato, capítulo em que o Belenenses possuiu registo ainda pior, com sete golos apontados, e sofreu 14 golos, sendo que neste item o seu próximo adversário leva grande vantagem, apresentando a segunda defesa menos batida, com oito golos consentidos.
"Era impensável, depois de integrar alguns jogadores no ‘onze’ base, esperar que passados três ou quatro meses as coisas estivessem perfeitas", explicou, esperando "melhorar comportamentos" tendentes a uma eficácia superior a nível coletivo.
O Boavista ocupa o 15.º lugar, ligeiramente acima da zona de despromoção, com oito pontos, menos três do que o Belenenses, 10.º.
Jorge Simão recordou ainda a derrota caseira com o Desportivo de Chaves (2-1), na quinta jornada.
"Em condições normais, teríamos ganhado esse jogo e teríamos neste momento 11 pontos e essa questão da tabela classificativa nem se colocava. Esse jogo custou-nos a engolir", afirmou.
O Belenenses "está no ‘top3’ da posse de bola" e o Boavista encontra-se preparado para correr muito através da bola quando não a tiver, segundo Jorge Simão.
"Temos de ser muito agressivos na procura e na conquista da bola, mas isso não significa andar o tempo todo a correr atrás dela. Não somos uma equipa expetante, pelo menos na maior parte dos jogos, e estamos preparados" para este jogo, ressaltou.
Rafael Costa substituiu David Simão, que estava castigado, no empate caseiro com o Vitória de Guimarães (0-0), mas o técnico não esclareceu quem será titular no sábado.
O treinador disse que os dois jogadores, "já numa fase madura das suas carreiras", possuem "caraterísticas diferentes", podendo, contudo, coabitar dentro do campo.
O defesa central Gonçalo Cardoso, de 18 anos, que se estrou a titular ainda com 17, à sétima jornada, frente ao Aves, tem o lugar garantido "enquanto estiver a jogar bem e acrescentar valor e eficácia à equipa".
O defesa central Sparagna, o médio Gabriel Nunes e os atacantes Yusupha Njie e Federico Falcone ainda são opção para Jorge Simão, devido a problemas físicos.
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