O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, voltou a dizer esta quarta-feira que os principais financiadores são o próprio clube de Alvalade e não investidores angolanos. O líder leonino garantiu que não há financiadores no Sporting, e que o clube não deve nada aos bancos pois a dívida foi convertida para capital.

"Financiadores no Sporting? Somos nós próprios. Temos tido sempre lucro. Quando concorri, diziam que era impossível o futebol dar lucro. Desde que cheguei, o futebol deu sempre lucro. Não temos financionadores, não devemos nada aos bancos. Havia uma dívida que foi convertida para capital", afirmou Bruno de Carvalho à RTP3.

Questionado sobre as suas intervenções públicas, Bruno de Carvalho não concorda com quem o acusa de ter um discurso radical, e frisa que a sua forma de gestão está ligada com o que encontrou no clube leonino.

"Posição radical não digo. Só em Portugal é que me chamam disso. O que é que para mim é radical? É estar num clube que tinha 3 meses de salários em atraso. No primeiro dia em que entrei no clube, tinha de pagar 3 milhões de euros para estar nas competições europeias. Isso para mim é radical. O Sporting era um clube que estava sujeito a três folhinhas de reestruturação financeira. Era um clube que não disputava de facto o campeonato. Era um clube que tinha a maior dívida dos três grandes, um clube que não contava para as esferas do futebol. Agora somos um clube respeitado, com a menor dívidas dos três grandes, temos ganho títulos e estamos no primeiro lugar. Fizemos um negócio superior a toda a dívida do Sporting. Isto não é radical mas dá muito trabalho. Não estou no Sporting há 10 anos. Já estou com pavilhão a ser construído", refutou Bruno de Carvalho.

Já sobre a expulsão de antigos presidentes e Rui Barreiro, Bruno de Carvalho disse que os sócios conhecem os estatutos.

"As decisões de expulsão de antigos dirigentes não têm nada a ver com a direção. Temos solidariedade uns com os outros. Se eu fiquei triste com a expulsão? Não. Eu não expulsei ninguém. As pessoas mereceram ser expulsas. Não teve nada a ver com críticas. [Sobre Rui Barreiro] Um orgão social não é livre como um sócio. Há estatutos para cumprir e são claros. Se quiser, apresenta a demissão de orgão social e depois pode fazer as críticas que quiser como um sócio", sentenciou Bruno de Carvalho.