O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, assegurou esta quinta-feira que pretende bom senso e que os restantes clubes de futebol não irão pagar a fatura dos três ‘grandes', que considera estarem muito tempo expostos na comunicação social.
"A floresta tem várias árvores e a árvore não vai pagar pela floresta ou os restantes clubes não vão pagar por três clubes estarem permanentemente na comunicação social, com programas toda a semana. O diálogo tem de prevalecer e a crítica tem de ser atenuada", afirmou aos jornalistas, à margem da visita do clube à Escola Gonçalves Zarco, no Funchal.
Carlos Pereira garantiu que não existe intenção de afastar alguém, privilegiando o diálogo e espera que os assuntos no futebol português sejam "tratados internamente e não de uma forma exposta.
"Penso que o bom senso vai prevalecer em todos. Nos árbitros, na APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), na Comissão da Arbitragem, e nos clubes”, disse Carlos Pereira.
O dirigente adiantou que é uma situação especialmente nos três clubes grandes, que têm ‘pivôs’, que lhes permitem “um tipo de ruído diário, semanal, que incomoda qualquer sociedade".
Os árbitros, com um pedido em massa de dispensa – entretanto adiado - chegaram a ameaçar uma ausência aos jogos no fim de semana, que marca o regresso da I Liga, e têm exigido respeito pelo seu trabalho.
"A escola que se quer da arbitragem é uma escola de virtudes, de regras e que pode ser melhorada. O VAR (vídeoárbitro) é uma jovem ferramenta que foi criada para ajudar", defendeu Carlos Pereira, dizendo também que os árbitros “sentem” as críticas e a instabilidade.
O presidente dos ‘verde rubros' revelou ainda que o Marítimo apresentou 17 pontos na reunião dos clubes da I Liga, o designado G15, excluindo Benfica, FC Porto e Sporting, para "serem debatidos e dar contributo para a melhoria do futebol português e atenuar o ruído que tem sido feito".
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