Os clubes da I Liga portuguesa de futebol mostraram-se mais contidos no mercado de transferências, ao gastarem menos 76,3 milhões de euros (ME) que na época passada, sendo que o Benfica foi o clube que mais investiu no defeso.
Depois dos 123,1 ME gastos no verão de 2011, as 16 formações que militam na principal competição do futebol português fizeram uma clara "marcha atrás", ao investirem perto de 47 ME no mercado deste ano.
O Benfica foi, indiscutivelmente, o clube que mais dinheiro investiu na aquisição de novos futebolistas, num total de 26,2 ME (menos 1,5 ME que na temporada transata) com os extremos Salvio e Ola John a exigirem a maior "fatia".
O argentino, ex-Atlético de Madrid, custou aos "cofres" benfiquistas 11 ME, enquanto o holandês, proveniente do Twente, obrigou os "encarnados" a desembolsar nove milhões pelo seu passe.
No segundo lugar dos clubes que mais gastaram surge o FC Porto, com 11,7 ME gastos em três atletas, sendo que o caso dos "dragões" foi o mais flagrante no que à contenção diz respeito, já que em 2011/12 haviam superado os 60 ME.
O internacional colombiano Jackson Martínez (ex-Jaguares) foi adquirido por 8,8 ME, ao passo que o guardião brasileiro Fabiano Freitas (ex-Olhanense) obrigou o campeão nacional a dispensar 1,2 ME, embora os algarvios só tivessem direito a 500 mil euros, já que não possuíam a totalidade do passe.
No último dia de mercado, foi ainda contratado o jovem lateral esquerdo colombiano Héctor Quiñones (ex-Junior Barranquilla), por 1,7 ME.
Já o Sporting, com 8,9 ME investidos em três jogadores, ficou-se pelo terceiro lugar do "ranking" e, à semelhança do FC Porto, baixou consideravelmente os valores praticados na época passada (28,3 ME).
Os argentinos Marcos Rojo (ex-Spartak de Moscovo) e Viola (ex-Racing de Avellaneda) foram os “reforços” mais caros dos "leões", tendo custado quatro milhões cada, enquanto o marroquino Labyad (ex-PSV) foi contratado por 900 mil euros.
Quanto ao Sporting de Braga, limitou-se a adquirir jogadores livres (Ismaily, Carlão, Beto, Éder e Haas) ou por empréstimo (Rúben Micael e Manoel), em contraste com os 4,2 ME gastos em 2011/12.
Se os valores investidos caíram de forma acentuada em relação à época passada, também as vendas registaram um decréscimo de 37,2 ME: 66,3 ME contra os 103,5 ME do mercado de verão de 2011/12.
Também neste particular o destaque pertence ao Benfica, clube que mais recebeu em transferências, num total de 27 ME (menos 8,3 ME que na época passada), muito por "culpa" da transação de última hora do espanhol Javi Garcia para o campeão inglês Manchester City, embora os "encarnados" apenas recebam 16 dos 20 ME pagos pelos "citizens", já que tinham vendido 20 por cento do passe ao Benfica Stars Fund, em 2009.
No encalço das "águias" surge o FC Porto, com perto de 22,2 ME realizados com as vendas de Guarin, Álvaro Pereira, Janko e Belluschi, mas longe dos 45,8 ME da temporada passada.
No caso do lateral uruguaio, o Inter de Milão pagou 10 ME pela transferência, mas o FC Porto apenas tem direito a 7,5 ME, já que os romenos do Cluj, de onde se havia transferido para o Dragão, detinham 25 por cento do passe.
O mesmo se passa com o médio argentino Belluschi, que rendeu 1,25 ME pela metade do passe que os "azuis e brancos" detinham.
O Sporting surge na terceira posição, ainda que longe dos dois “rivais”, com quase 7,5 ME encaixados nas transferências de João Pereira, Matias Fernandez, Jaime Valdés e Luís Aguiar que possibilitaram um acréscimo de 185 mil euros em relação às vendas de 2011/12.
No entanto, no caso de João Pereira, o Valência pagou 3,7 ME pelo passe, mas o Sporting recebeu 2,9 ME, respeitantes aos 80 por cento que detinha, ao passo que Matias Fernandez custou 3,1 ME à Fiorentina e os "leões" tiveram direito a 75 por cento desse valor.
A venda do brasileiro Lima ao Benfica, por quatro milhões de euros, à qual se juntam as transferências de Ewerton, para o Anzhi, e Mário Felgueiras, para o Cluj, elevam o Sporting de Braga ao quarto posto, com 5,1 ME em vendas, menos 2,9 ME que na época passada.
Entre os restantes clubes da I Liga, Nacional da Madeira (1,7 ME) e Olhanense (um milhão) conseguiram verbas consideráveis para os seus "cofres", graças às vendas de Neto, no caso dos madeirenses, e de Fabiano Freitas, Cauê e Salvador Agra, no caso dos algarvios.
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