A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Direção-Geral da Saúde (DGS) definiram esta quinta-feira a realização de formações junto dos clubes da I e II ligas, para prevenir a possível chegada da epidemia do coronavírus covid-19 a Portugal.
De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da internet da LPFP, na reunião que decorreu durante a manhã de hoje entre as duas instituições decidiu-se “que as medidas a adotar, com impacto no futebol profissional, serão avaliadas entre as partes, mediante o escalar da situação”.
“Desde já, ficou decidido que existirá um contacto direto e permanente entre as duas instituições, com atualizações constantes sobre a situação em Portugal, e também que existirá formação junto dos 34 clubes do futebol profissional para prevenção da chegada do vírus ao nosso país e gestão de eventos de massas, como são os casos dos jogos de futebol”, lê-se.
O organismo que rege o futebol profissional português, presidido por Pedro Proença, afirmou que “a monitorização da situação é obrigatória”, lembrando o caso italiano, em que o surto já levou ao adiamento de vários jogos e à disputa de outros à porta fechada, “para evitar ainda mais a propagação do vírus”.
“Em cima da mesa ficou também a possibilidade de a Liga Portugal e a DGS fazerem uma campanha de sensibilização, juntamente com outras entidades que possam associar-se, que sirva, essencialmente, de alerta no âmbito da prevenção”, concluiu o comunicado.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de infeção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite.
Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.
No seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação atual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.
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