O presidente do Vitória de Guimarães, Miguel Pinto Lisboa, mostrou-se hoje desfavorável à regra que impõe uma lotação máxima de 5.000 pessoas nos estádios de futebol sem testes ao novo coronavírus, defendendo a ocupação percentual como critério prioritário.

Com a entrada em vigor do estado de calamidade em 01 de dezembro, a Direção-Geral da Saúde atualizou a norma quanto ao acesso aos recintos desportivos, impondo a realização de testes para eventos ao ar livre com mais de 5.000 espetadores e para eventos fechados com mais de 1.000 pessoas, mas o dirigente frisou que a imposição de testes deveria obedecer à percentagem de ocupação de cada recinto.

“Acho que a regra não deveria ser de 5.000 lugares, porque 15.000 pessoas no estádio do Vitória Sport Clube [com capacidade para 30.000 pessoas] tem um risco menor do que 5.000 pessoas no estádio do Portimonense [lotação de 4.691 espetadores]. Se calhar a regra deveria ser um percentual de ocupação do estádio e não um número absoluto”, disse, após a apresentação do projeto do ‘walking football’, novo no clube.

O dirigente realçou “não fazer qualquer sentido” impor um limite de 5.000 pessoas no Estádio D. Afonso Henriques para o próximo desafio da I Liga portuguesa, no sábado, frente ao Tondela, para a 14.ª jornada, tendo acrescentado que não pode privar qualquer sócio de usufruir do seu lugar anual, estando já mais de 12 mil bilhetes vendidos.

Para garantir que o maior número de adeptos vitorianos possa usufruir do próximo embate, Miguel Pinto Lisboa disse que o clube está “a estudar um conjunto de medidas” relacionadas com testes e “pontos de testagem”, para que o maior número de espetadores possível possa dar a “força” que catapulta os jogadores de Pepa para “um nível superior”.

A propósito do mais recente jogo da equipa treinada por Pepa, que acabou com um triunfo por 2-1 no reduto do Paços de Ferreira, Miguel Pinto Lisboa disse que o plantel trabalha para ter “as melhores prestações” pelo maior “espaço de tempo”, com a “convicção” de que vai “subir na tabela classificativa” – os vitorianos ocupam o sétimo lugar da tabela, com 19 pontos.

Questionado sobre o futuro do extremo Marcus Edwards, autor de cinco golos na presente época, o presidente do clube minhoto realçou que o atleta inglês tem contrato válido até ao final da época 2023/24, estando por isso “segura” a sua permanência quanto à próxima ‘janela de transferências’.

O dirigente comentou ainda o jogo da 12.ª ronda entre Belenenses SAD e Benfica, no qual os ‘azuis’ entraram em campo com nove elementos, tendo realçado que o jogo não deu “nada de positivo à imagem do futebol português”.

“Essas situações acontecem às vezes por falta de comunicação entre as partes. Havendo a possibilidade de os jogos serem feitos com o número de atletas necessários para o jogo, devem ser feitos. Temos de respeitar o calendário, mas também a integridade da comunicação”, disse.