Rúben Micael mostrou-se hoje satisfeito pelo regresso aos treinos do Nacional, da II Liga portuguesa de futebol, que foi a primeira equipa portuguesa a fazê-lo, após a suspensão das competições face à pandemia COVID-19.
Em declarações à TV do clube, Rúben Micael afirmou que "foi muito bom voltar e sentir o cheiro da relva, o que dá sempre outro alento".
O jogador do Nacional considera que com as medidas adotadas pelo clube, em termos de higiene, os atletas "sentem-se muito bem".
O treino efetuado é individualizado, com um jogador em cada meio-campo, de hora a hora, consistindo em corrida e alguns exercícios com bola, orientado por um elemento da equipa técnica.
Rúben Micael considera que o treino individual "não é a mesma coisa" que um treino em conjunto, mas adianta que "ajuda bastante, pois ao correr na rua há mais riscos".
O Nacional baseou a sua decisão para este regresso aos treinos no Decreto Lei 2-B 2020 que regulamenta a prorrogação do estado de emergência, que prevê a possibilidade de os atletas utilizarem as instalações do clube para a sua atividade física.
O internacional madeirense ressalva ainda que "na Alemanha já estão praticamente todos os clubes a treinar, realizando o mesmo tipo de trabalho que o Nacional".
Os treinos decorrem ao longo do dia, com o grupo de trabalho dividido em dois, trabalhando um grupo às segundas, quartas e sextas e o outro às terças, quintas e sábado, sempre aos pares, com dois atletas por hora e cumprindo todas as normas do plano de contingência do clube.
O Nacional lidera, após 24 jornadas, o campeonato da II Liga, que se encontra suspenso face à pandemia covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos e 16.934 casos de infeção confirmados. Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
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