Custódio Castro disse hoje que a paragem devido à pandemia de covid-19 foi "benéfica" para si e que o grande objetivo do Sporting de Braga é manter o terceiro lugar da I Liga de futebol.
O treinador que ‘subiu' então dos sub-17 só tinha feito um jogo a orientar a equipa principal (vitória caseira ante o Portimonense, 3-1) antes da paragem motivada pela pandemia da covid-19, substituindo Rúben Amorim, contratado pelo Sporting.
Para Custódio Castro, que falava na conferência de imprensa de antevisão do jogo da 25.ª jornada da I Liga com o Santa Clara, a paragem acabou assim por ser benéfica, porque permitiu um maior conhecimento entre todos.
"Acabámos por nos conhecer melhor e trabalhar um ou outro aspeto que queria ver melhorado, mas isso é tudo no plano teórico, quero ver isso agora no plano prático", disse.
Os minhotos deslocam-se na sexta-feira ao reduto do Santa Clara, retomando a competição quase três meses depois da interrupção devido à pandemia de covid-19, e Custódio Castro sente os jogadores "preparados, confiantes, ambiciosos”, a quererem “muito jogar e competir e entrar em campo para lutar pelos três pontos".
"Os objetivos no Braga são claros, e o grande objetivo é manter o terceiro lugar. Vamos olhar jogo a jogo, o próximo é o Santa Clara, não podemos saltar adversários", disse.
O Sporting de Braga é terceiro classificado, com 46 pontos, mais quatro do que o Sporting, quarto, e menos 13 que o segundo, o Benfica.
Confrontado com as derrotas de quarta-feira de FC Porto e Gil Vicente, que seguiam à frente de Famalicão e Portimonense, Custódio Castro entende que a retoma "é uma incógnita".
"Nós estamos confiantes e convictos do que temos que fazer e, mais do que nos adversários e noutros jogos, temos que nos concentrar na nossa missão e ambição", disse.
Questionado sobre se jogar na Cidade de Futebol, em Oeiras, casa ‘emprestada’ do Santa Clara até ao final da temporada, pode ser uma vantagem para os bracarenses, o técnico elogiou em primeiro lugar a opção da equipa açoriana.
"Foi um agente facilitador da retoma e temos que estar agradecidos pelo que fizeram ao optar pelo jogar no continente. Acho que não é uma vantagem, tudo é um pouco incerto, sobretudo nesta primeira jornada, cabe-nos a nós jogar o nosso jogo, interpretar o nosso plano, que o temos bem definido, com coragem e confiança", disse.
Custódio Castro nota, nos jogos que já viu depois da retoma, que "o ritmo é um pouco diferente, mais baixo. “Vê-se os jogadores a tomar decisões algo precipitadas, não vêm o futebol como vão ver daqui a três semanas, e faltam os adeptos: se pudesse acrescer algo, seriam os adeptos”, afirmou.
Para o técnico, os adeptos têm também "um papel determinante" na vantagem de jogar em casa, pelo que caberá aos jogadores potenciar a motivação intrínseca, "o que vem de dentro porque não vão ter aquele apoio das bancadas que pode ajudar, o fator casa fica mais longe".
As lesões de Abel Ruiz e Tormena não terão a ver com a paragem longa, mas o técnico diz-se preocupado com a questão.
"Apoquenta-nos um pouco e deixa-nos receosos", assumiu.
O treinador disse ainda ser "claramente a favor" das cinco substituições, porque "beneficia o futebol, o jogo e, principalmente, os jogadores", que, depois desta longa paragem precisam de ser "protegidos".
Sporting de Braga, terceiro classificado, com 46 pontos, e Santa Clara, 10.º, com 30, defrontam-se a partir das 19:00 de sexta-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras, casa ‘emprestada’ do conjunto açoriano para as últimas 10 rondas da I Liga, que regressou na quarta-feira após 87 dias de paragem.
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