Estoril e FC Porto empataram a um golo ao final da tarde deste sábado no Esstádio António Coimbra da Mota, cm o golo do empate dos dragões a surgir já nos descontos da segunda parte, numa grande penalidade que vai certamente dar muito que falar, convertida por Taremi. Antes, o Estoril tinha marcado por Tiago Gouveia a fechar a segunda parte.
Num encontro com muitas incidências, lances polémicos e bolas nos ferros para os dois lados, os dragões evitam a segunda derrota consecutiva, mas perdem pontos pela segunda vez esta temporada na I Liga, podendo ver Benfica e Braga, que seguem à sua frente, distanciar-se ainda mais na tabela.
Muitas mexidas nos dragões e pouco perigo a abrir
Vindo da hecatombe caseira ante o Club Brugge para a Liga dos Campeões, Sérgio Conceição deixou bem claro que não estava contente com o desempenho da equipa ao apostar em várias mexidas no 'onze', com destaque para o facto de Pepe ter ficado de fora e de Rodrigo Conceição ter sido aposta no lado direito da defesa.
André Franco, de volta a uma casa que há tão pouco tempo era sua, também foi pela primeira vez titular de dragão ao peito e viu um cartão amarelo logo aos cinco minutos, num início de partida jogado a bom ritmo, com mais posse de bola dos azuis e brancos, mas sem oportunidades de perigo.
Estoril perde o medo e ameaça
Aos poucos, o Estoril, perante a pouca capacidade que o FC Porto mostrava em criar oportunidades de golo, começou a subir mais vezes ao meio-campo contrário com a bola controla e pertenceu-lhe mesmo o primeiro lance de algum perigo da partida. A bola caminhou da direita para a esquerda e chegou aos pé de Rodrigo Martins, que à entrada da área atirou em jeito, em arco, fazendo o esférico passar ligeiramente ao lado da baliza à guarda de Diogo Costa.
O FC Porto tentou voltar a tomar conta da bola e a trocá-la no meio-campo dos da casa, mas continuava sem importunar realmente a defesa canarinha e foram os da casa a voltar a ameaçar, desta vez ainda mais a sério: Erison Danilo surgiu isolado na cara de Diogo Costa, que fez a mancha e negou o golo ao brasileiro, mas a bola sobrou para Tiago Gouveia, que na recarga acertou com estrondo no poste direito da baliza portista.
Dois golos anulados numa baliza e golo a valer na outra
Uma vez mais o FC Porto tentou acercar-se da baliza contrária e por duas vezes, quase consecutivas, chegou mesmo a fazer a bola entrar para o fundo das redes da baliza à guarda de Dani Figueira. Só que, em ambos os lances, havia posição irregular, prontamente assinalada pelo árbitro auxiliar e confirmada pelo VAR, com os ânimos a exaltarem-se nas bancadas, pelo meio.
Não contaram esses dois golos, contou o que o Estoril marcou pouco depois. Estavam decorridos 41 minutos quando um cruzamento de Joãozinho chegou a Tiago Gouveia, que recebeu com categoria, aguentou a pressão de Zaidu e rematar para o fundo da baliza portista. Diogo Costa ainda tocou, mas não conseguiu evitar o golo e o Estoril foi para o intervalo a vencer por 1-0.
Dragões tentam reagir no segundo tempo, mas trave nega empate
Sérgio Conceição não mexeu na equipa ao intervalo, mas o FC Porto voltou para a segunda parte com outro ímpeto. Um cruzamento açucarado de Evanilson não encontrou ninguém para encostar logo aos 47 minutos e, aos 51, um fantástico remate de primeira de Taremi bateu com estrondo na trave da baliza do Estoril.
Com o FC Porto balanceado para a frente, contudo, o Estoril não deixava de criar perigo no contra-ataque e aos 55 minutos valeu Diogo Costa aos visitantes. Trivela de Rodrigo Martins para o segundo poste, Geraldes apareceu ao segundo poste com tudo para marcar na cara do guarda-redes portista, mas este fez a mancha e negou o 2-0.
O lance serviu para quebrar um pouco o ímpeto do FC Porto e Conceição mexeu então na equipa, lançando Galeno, mas os minutos iam passando e o Estoril ia segurando, com maior ou menor dificuldade, a vantagem.
Expulsão, nova bola na trave e penálti ao cair do pano a ditar igualdade
Dificuldades que cresceram aos 77 minutos, quando Ndiaye foi expulso por acumulação de amarelos após uma entrada mais dura sobre Veron, outro dos homens que Conceição fez, entretanto, saltar do banco. Em superioridade numérica, o FC Porto tentou, então, o tudo por tudo e quase empatou pouco depois.
Livre de Eustáquio, e Veron, na área a cabecear e a acertar no ferro. O empate iria mesmo surgir, mas já dentro do período de descontos (98 minutos), num lance polémico. O árbitro Luís Godinho começou por marcar fora de jogo, por indicação do seu auxiliar mas, alertado pelo VAR, acabou por assinalar mão na bola de Joãozinho na grande área do Estoril. Na conversão da grande penalidade, Taremi atirou forte e a contar, fixando o 1-1 final.
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