Francisco J. Marques revelou como é que teve acesso aos e-mails que, alegadamente, colocariam o Benfica no centro de um esquema de corrupção. No Porto Canal, o diretor de comunicação dos ‘dragões’ explicou como é que começou toda esta questão dos emails.
"Nunca vão ter outra versão porque esta é a verdadeira. Quando é verdadeira torna-se facilmente demonstrável. Nós não seguimos o conselho do Adão Mendes e não apagámos tudo. O primeiro contacto foi através de mail e trazia uma cartilha. E eu respondi a esse mail, dado que achei aquilo interessante, perguntando como poderia atestar da veracidade daquilo. Recebi, pouco tempo depois, novo mail com print screens de contas de e-mail. E dizia assim 'acho que com isso fica provada a veracidade'. Vi aquilo, tinha várias imagens e cheguei à conclusão de que era verdade", começou por explicar.
"Disse então 'estou convencido, envie-me mais', e foi assim que tudo começou. As coisas chegaram por mail, é verdade e as autoridades sabem disso. Inicialmente utilizei o meu mail do FC Porto, o que uso para o meu trabalho, mas é verdade que depois crei um mail num cliente desses todos encriptados, desses que a malta dos anti-googles e da privacidade gosta. Foi através dessa conta de mail encriptada e inviolável que chegou a parte de dragão dos mails. Foi assim. O FC Porto recebeu e quando olhou para aquilo constatou o interesse público do que lá estava", finalizou.
Sobre as investigações que foram feitas ao Benfica, Francisco J. Marques afirmou que se sente com um sentimento de dever cumprido.
“O Benfica está a ser investigado. Tem sido aqui, no Porto Canal, que se têm feito estas denúncias. É mais uma etapa de um processo pelo qual só poderemos ficar satisfeitos. Há um sentimento de dever cumprido”.
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