O Grupo Stromp pediu hoje ao presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, e restantes membros dos órgãos sociais se demita e que se permita a realização imediata de eleições no clube.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o conhecido grupo de adeptos ‘leoninos’ faz “um apelo, sério e muito sentido, ao presidente Bruno de Carvalho e aos demais membros da direção que ainda se encontram em funções, acantonados numa situação de naufrágio iminente, no sentido de apresentarem de imediato a sua demissão”.
Dizendo que “tem estado em permanente reflexão sobre as ocorrências que se vão verificando em catadupa”, o Grupo Stromp diz que faz este “apelo com respeito institucional e imbuído do mais puro ‘sangue verde’”.
“Sabe o Grupo Stromp que o presidente Bruno de Carvalho e a atual direção do Sporting Clube de Portugal têm obra efetuada ao serviço e em prol do Sporting Clube de Portugal. Obra que os sportinguistas reconhecem e sabem reconhecer qual é”, consideram.
Contudo, o Grupo Stromp fala em “aspetos negativos da gestão do presidente Bruno de Carvalho, nomeadamente os que decorrem dos comentários públicos que denigrem o treinador e os jogadores da equipa de futebol”.
“O Grupo Stromp entende, assim, que as condições atuais do clube e dos seus órgãos sociais aconselham vivamente a demissão da direção. E a subsequente convocação imediata de eleições. Eleições nas quais todos os associados poderão e deverão participar. Todos. Incluindo, muito naturalmente e se assim o entender fazer, o sócio Bruno de Carvalho, com a equipa que entenda constituir”, lê-se no mesmo comunicado.
O Grupo Stromp pede que se dê “a palavra aos sócios”, pois “o Sporting Clube de Portugal - como Bruno de Carvalho sempre disse - é dos sócios”.
“Cumpra-se, pois, essa afirmação e os sócios que decidam e resolvam, no seu superior critério, os destinos próximos do Sporting Clube de Portugal”, afirmam.
O Grupo Stromp fala ainda numa “vergonha inqualificável” o ataque, feito por alegados adeptos sportinguistas, a jogadores e equipa técnica na Academia de Alcochete, em 15 de maio, que “assume particular e triste relevância”.
“Foi muito grave. Foi - não tem o Grupo Stromp quaisquer dúvidas - a página mais negra vivida até hoje no centenário Sporting Clube de Portugal. Uma vergonha inqualificável. Um crime, como já se sabe, que merece completo repudio”, prossegue.
Apesar da derrota na final da Taça de Portugal, frente ao Desportivo das Aves (2-1), o Grupo Stromp elogiou “uma extraordinária exibição de caráter e brio profissional de toda a equipa de futebol”, pouco dias depois dos acontecimentos de Alcochete.
A terminar, o Grupo Stromp diz que todos os adeptos do clube têm de “pugnar pela unidade e coesão do clube”, entre os quais o presidente, a quem pede que deixe de fazer “críticas a sportinguistas, na maior parte das vezes, só por terem uma opinião diferente da sua”.
“Os adversários do Sporting Clube de Portugal estão lá fora e - porque são grandes e poderosos - exigem a nossa união de aço. De todos”, concluiu.
Na sequência do ataque em Alcochete, os elementos da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, liderada por Jaime Marta Soares, e a maioria dos membros do Conselho Fiscal, bem como parte da direção, apresentaram a sua demissão.
Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o ‘team manager’ do clube, André Geraldes.
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