O depoimento de parte do presidente da Benfica SAD e do clube estava prevista para hoje, na 13.ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa, mas o causídico Bruno Macedo requereu que a audição fosse realizada na quarta-feira, com início às 10:00 horas.
O juiz do processo, Nuno Salpico, já tinha programado para quinta-feira mais uma audiência do processo, pelo que deferiu o pedido de adiamento de inquirição a Luís Filipe Vieira de hoje para quarta-feira, possibilitando realizar duas sessões de julgamento em dias seguidos.
A inquirição a Luís Filipe Vieira chegou a estar agendada para a primeira audiência, a 02 de Junho, mas o dirigente não compareceu "por motivos imprevistos e inadiáveis", como determinou o juiz Nuno Salpico que ficasse exarado.
Luís Filipe Vieira foi depois notificado para comparecer a 18 de Junho, o que não veio a acontecer, pois o julgamento foi suspenso por período de 30 dias para a empresa Britalar, de António Salvador, presidente do Sporting de Braga, e a Benfica SAD tentarem um acordo.
A Benfica SAD, que também accionou a Britalar, recusou um acordo, pelo que se tentou um compromisso arbitral, designando um tribunal.
Como o entendimento não foi possível, o juiz calendarizou um conjunto de audiências, desde hoje, em que foram ouvidas técnicos da Britalar, até 10 de Dezembro, em que se prevê a inquirição ao antigo vice-presidente do património Mário Dias.
Neste processo está em causa a construção do Centro de Estágio do clube, no Seixal, obra inicialmente orçada em 12,96 milhões de euros, em meados de 2004.
Mais tarde, a empreitada foi renegociada com a Britalar em mais 2,5 milhões de euros, mas, como disse António Salvador na primeira audiência, o Benfica apresentou mais projectos de especialidade em Janeiro de 2005.
A empresa comunicou ao clube que a adjudicação teria de ser feita mediante o pagamento de mais três milhões de euros e, já com as obras do complexo a decorrerem, António Salvador reuniu-se com Luís Filipe Vieira e Mário Dias, que se comprometeram a negociar essa verba adicional num jantar.
Nesse encontro, as partes estabeleceram que o montante seria reduzido de três para 2,5 milhões de euros, mas, como vincou António Salvador em tribunal, apenas foi reduzido a contrato "quase dois meses depois".
No entanto, a Britalar reclama mais 1,6 milhões de euros em obras alegadamente executadas e que não estavam previstas no contrato de empreitada, enquanto o Benfica entende que não há lugar a pagamentos adicionais e também constituiu a empresa como réu.
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