O novo treinador do Vitória de Guimarães, João Henriques, afirmou hoje que a equipa da I Liga portuguesa de futebol quer vencer todos os jogos, tendo mesmo dito que qualquer desafio sem "três pontos" não é "bom".
Na cerimónia de apresentação como ‘timoneiro' dos vitorianos, decorrida no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, o técnico disse assumir a nova etapa da carreira com a "confiança de um conquistador", numa alusão à semelhança de apelido com o primeiro rei português, inscrito no símbolo do novo clube, e prometeu uma equipa pronta a "lutar em todos os jogos pela vitória, independentemente do local e do adversário".
"O céu é o limite. Não olhamos para classificações, olhamos para jogos. Vamos fazer as contas no final. A nossa exigência é alta. Os nossos adeptos são exigentes. Nós, estrutura, também somos. Qualquer jogo que não dê três pontos não é bom, porque é isso que queremos para qualquer um deles", afirmou.
Mesmo sem se comprometer a alcançar uma determinada posição na tabela, João Henriques prometeu que a turma minhota vai ser "competitiva", capaz de "motivar os adeptos" e de "terminar o campeonato onde merece", querendo exibir essa postura no próximo desafio do campeonato, relativo à quarta jornada, no terreno do Boavista, às 20:15 de segunda-feira, bem como na Taça de Portugal e na Taça da Liga.
"Batalhas vão ser muitas: não só as próximas duas, mas todas elas. Faltam 31 jornadas, faltam os jogos da Taça de Portugal. Queremos mais uma vez estar presentes na ‘final four' da Taça da Liga [de 2019/20]. Todos os jogos valem três pontos, e este é o primeiro", disse.
Após duas épocas em que atingiu as melhores pontuações e classificações do Santa Clara na I Liga - 10.º lugar, com 42 pontos, na temporada 2018/19, e o nono, com 43, em 2019/20 -, João Henriques adiantou que, em Portugal, só aceitava treinar equipas classificadas mais acima - os vimaranenses foram sétimos, na temporada anterior.
"Tinha a ambição pessoal de dar um passo em frente na carreira. Não olharia para nenhuma equipa que ficou atrás do Santa Clara, olhando para o momento da minha carreira. Reduzindo o leque de escolhas, a exigência é maior", explicou.
O técnico natural de Tomar assumiu ter esperado "pacientemente" por uma oportunidade que lhe agradasse, o que aconteceu, embora graças à "surpresa inesperada" da saída de Tiago Mendes, que deixou o Vitória ao cabo de três primeiras jornadas na primeira experiência como treinador principal, com duração inferior a dois meses.
Antigo treinador de emblemas como Fátima, Leixões e Paços de Ferreira, João Henriques expressou ainda a convicção de que a "história imensa" do clube minhoto "vai ser dignificada dentro das quatro linhas", face ao "talento" que identificou no plantel, nos dois primeiros treinos.
"Talento não tem idades. O plantel é jovem. Tem jogadores mais experimentados e outros menos. Essa mescla faz do Vitória forte. O futebol vai no caminho de aparecerem jovens talentos que devem crescer no meio de gente com experiência. Só todos juntos vamos potenciar os jovens talentos", realçou.
Já o presidente vitoriano, Miguel Pinto Lisboa, elogiou a "vontade" e a "confiança" demonstradas pelo treinador, a seu ver "pronto para pegar no plantel e maximizar as suas potencialidades".
"É um homem que vai corporizar o projeto que temos para o nosso Vitória. Não retiramos nenhuma vírgula ao nosso projeto. Não há nenhum recuo. Há a entrada de uma equipa técnica com vontade de transmitir a estabilidade emocional necessária para os atletas mostrarem a sua qualidade", disse.
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