A função de Provedor do Adepto da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) é, desde terça-feira, levada a cabo por Jorge Cadete, mas o ex-provedor mostrou-se indignado, garantindo que a demissão não lhe foi comunicada.
Alfredo Magalhães, ex-provedor da LPFP, afirmou, em declarações à agência Lusa, que está a ser vítima de uma "demissão pública", sem que antes houvesse uma comunicação.
"No dia de ontem (quarta-feira), qual foi a minha surpresa, quando, sem qualquer comunicação por parte do presidente da Liga, vi-me deparado com o nome de Jorge Cadete no site da Liga, figurando como provedor dos adeptos", começou por explicar Alfredo Magalhães.
O anterior provedor assumiu funções em 2013, sucedendo ao psicólogo Jorge Sequeira.
De acordo com a apresentação publicada no sítio da LPFP, agora substituída pela de Jorge Cadete, Alfredo Magalhães, antigo presidente do Conselho Vitoriano, órgão consultivo do Vitória de Guimarães, é licenciado em Administração Escolar, e pos-graduado em Ciências da Educação pela Universidade do Minho.
Alfredo Magalhães é formador nas áreas e domínios da Administração Escolar, tendo durante vários anos coordenado os Centros de Formação de Professores na Direção Regional de Educação do Norte.
Além disso, foi ainda adjunto do presidente da Câmara Municipal de Guimarães e assumiu a presidência da comissão especializada de Desporto, Educação e Cultura da Assembleia Municipal.
Segundo os regulamentos, a função de Provedor do Adepto da LPFP "pressupõe um contrato por um ano e pode ser renovável até três".
"Para não haver renovação automática é necessário responder-se a alguns itens. Um dos quais é que se a comissão executiva não quiser que o Provedor se mantenha em funções tem um mês para avisar por escrito. Ora, esse ponto, ou outro qualquer, não foi levado a cabo. Por isso, legalmente ainda sou o Provedor", esclareceu.
Alfredo Magalhães revelou ainda que, no arranque da nova temporada, se propôs a levar a cabo o 1º Congresso dos Adeptos de Futebol em Portugal, uma iniciativa de caráter nacional, que envolvesse os adeptos e as autoridades policiais para, em conjunto, refletir criticamente sobre alguns temas novos que começam a ser tratados na Europa.
"Dei conhecimento desta iniciativa a todos os presidentes dos clubes das I e II Ligas de futebol e informei o presidente da Liga, solicitando-lhes ao mesmo tempo a colaboração para o êxito deste desiderato. O processo teve o seu início com a adesão crescente dos clubes", explicou ainda, admitindo que esta atitude "talvez não tivesse sido do agrado de Mário Figueiredo".
"Evidencio a minha preocupação com a credibilidade da LPFP e aguardo serenamente pela coragem do seu presidente para esclarecer este lamentável episódio que só fragiliza o futebol português", concluiu Alfredo Magalhães.
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