"Não gostei dos incidentes, mas gostei da capacidade das forças de segurança, que têm a responsabilidade de manter a ordem, e da sua intervenção, que minimizou os distúrbios até onde foi possível", declarou Laurentino Dias, à margem de uma cerimónia da candidatura portuguesa à Ryder Cup de golfe, em Lisboa.
Antes e durante a partida do Estádio do Dragão registaram-se vários incidentes nomeadamente o arremesso de pedras, bolas de golfe e outros objectos na direcção dos autocarros das equipas e para dentro do relvado.
A "inspecção aos adeptos não pareceu rigorosa" ao responsável governamental pela pasta do Desporto até porque entraram no recinto "objectos perigosos", algo que "não pode permitir-se", afirmou, classificando o episódio das bolas de golfe como "algo de muito mau gosto para aqueles que se dizem adeptos do Desporto".
"Quando o campeonato acabar, vamos entrar num período de reflexão sobre o que esteve errado no futebol português", continuou Laurentino Dias, referindo diligências que têm vindo a ser efectuadas junto dos "dirigentes dos clubes, da Liga e da Federação", com os quais pretende "trabalhar".
O responsável do Governo socialista adiantou ainda que não há, para já, a necessidade de mais legislação sobre a violência no Desporto ou de uma revisão das condições de segurança nos recintos, mas antes verificar se as normas que existem estão a ser cumpridas.
Questionado sobre o papel dos dirigentes desportivos, Laurentino Dias elogiou o seu comportamento, destacando o facto de não terem existido declarações polémicas ou que incitassem à violência antes do "clássico", algo que considerou positivo.
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