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O treinador do Boavista, Lito Vidigal, estabeleceu hoje a meta de ganhar cinco jogos até ao final da temporada para poder discutir a manutenção na I Liga de futebol, antes da receção ao Santa Clara, na 24.ª ronda.
A recente derrota no Estádio da Luz (3-0), em Lisboa, aumentou para oito o número de derrotas consecutivas que os 'axadrezados' acumulam, enquanto somam apenas 12 pontos, mas o treinador vê argumentos no seu conjunto para conseguir cumprir o objetivo do clube, que enalteceu como uma "instituição centenária" e "um dos poucos que conseguiu ser campeão nacional".
"A minha mensagem para os jogadores é a de que temos de ganhar cinco jogos. Ganhando cinco jogos, abrimos possibilidades, independentemente dos adversários. Não nos interessa fazer muitas contas, até pela situação em que estamos. Se estivéssemos inseridos numa disputa mais direta, se calhar, fazia sentido. Neste momento, nós temos 11 jogos e temos de ganhar cinco. E quem ganha cinco até pode empatar outros três, mas dá, pelo menos, para entrarmos na luta", definiu, na conferência de imprensa de antevisão à partida de domingo.
Com mais cinco triunfos, o Boavista somaria 27 pontos, mais um do que o registo do Vizela na temporada passada (17.º), o que permitiria, em igualdade de circunstâncias, fugir à despromoção direta e disputar o play-off pela permanência com o terceiro classificado da II Liga.
Para que esse fim seja atingido, Lito Vidigal sublinhou a importância de bater o Santa Clara, uma equipa a quem deixa elogios pelo futebol praticado e pelo quinto lugar que ocupa, mas contra a qual não deixa de confiar nas suas hipóteses de triunfo.
"É uma equipa que está estabilizada, já com processos consolidados, mas eu tenho sentido a nossa equipa a crescer. Há uma grande vontade destes jogadores em darem a volta à situação, de crescerem, e trabalham para isso de forma exemplar. O espírito, neste momento, é de uma vontade férrea de ganhar já este jogo em casa. É muito importante, porque dá confiança e permite consolidar este crescimento que a equipa tem tido", sublinhou.
Ainda que o boletim clínico não seja já público, é certa a ausência de Miguel Reisinho, que foi expulso na passada jornada, diante do Benfica, algo que o treinador admite poder ter algum impacto na forma de jogar da equipa.
"Já não o chamo de Reisinho. Chamo-lhe de rei. Está a tornar-se um jogador feito. Desde que cheguei, teve sempre os minutos, foi sempre titular, mas, na fase em que estamos, temos de fazer das nossas fraquezas forças e não podemos depender só de um jogador, mesmo precisando de todos", lamentou.
O Boavista, 18.º e último classificado da I Liga, com apenas 12 pontos, defronta, no Estádio do Bessa, no Porto, o Santa Clara, quinto, com 39, em encontro referente à 24.ª jornada, agendado para domingo, às 15:30, sob arbitragem de Bruno Vieira, da associação de Lisboa.
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