O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, lamentou hoje a violência ocorrida durante as celebrações do 34.º título de campeão nacional de futebol dos ‘encarnados’, no domingo, agradecendo o apoio a todos os adeptos do clube.
“Devo um agradecimento muito especial a todos os benfiquistas que, de norte a sul do país, de Timor a Luanda, de Paris a Toronto, festejaram a conquista deste título”, começa por dizer o presidente das ‘águias’, numa mensagem divulgada no sítio oficial do clube na Internet.
O dirigente manifestou-se “orgulhoso” pelo apoio que presenciou em Guimarães, no Porto e em Lisboa, por demonstrarem “a dimensão do clube, a sua grandeza, mas principalmente a grandeza dos seus sócios e adeptos”, prosseguindo, depois, com a sua lamentação.
“Devo confessar igualmente alguma frustração. A frustração de quem já viu as imagens da criança que em Guimarães assistiu à detenção do pai de forma violenta e sem razão aparente, a frustração de quem viu os incidentes que interromperam os nossos festejos no Marquês nesta madrugada”, referiu.
O presidente do Benfica considera que “o futebol não pode pactuar com qualquer tipo de violência, é preciso apurar responsabilidades”, advertindo que “é preciso que os responsáveis pela violência da noite passada sejam identificados e punidos”.
“O futebol não precisa dos que ontem provocaram as cenas que vimos. Vi milhares de jovens, centenas de crianças, famílias inteiras a festejar no Marquês. Foi para isso que trabalhámos durante todo o ano, foi para isso que idealizámos tudo o que foi preparado no Marquês”, descreveu.
Luís Filipe Vieira lamentou a “minoria” que “tentou estragar” a celebração: “Não sei se são benfiquistas ou apenas um grupo de vândalos profissionais. Sejam o que forem, têm de ser responsabilizados pelo que fizeram. O futebol não precisa deles”.
“Quanto às forças de segurança, também há imagens que devem merecer a atenção e a abertura de inquérito por parte do Ministério da Administração Interna. É preciso apurar se não houve, em alguns momentos, excessos por parte das forças de segurança”, rematou o presidente ‘encarnado’, apelando a que os relatos mediáticos das celebrações não sejam reduzidos aos incidentes.
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