A subida do União volta a colocar três clubes da ilha na I Liga portuguesa de futebol, reeditando o ocorrido em 1989/90 e 1990/91.
A sexta presença da formação unionista no principal escalão do futebol nacional, no qual já não disputava desde 1994/95, repõe o trio madeirense, completado com Marítimo e Nacional.
O União da Madeira, também conhecido por ‘União da Bola’, foi fundado a 01/11/1913 e teve um trajeto algo irregular na agora finda edição da II Liga, fruto, acima de tudo, de alguma inconstância nos jogos caseiros.
Apesar ter estado sempre perto da frente, nunca foi assíduo nos lugares de subida, mas conseguiu, no derradeiro suspiro, capitalizar o golo do empate do campeão Tondela no terreno do Freamunde, obtido já em período de compensações.
O União desperdiçou 32 pontos em casa, onde venceu 10 vezes, empatou sete e perdeu seis, tendo conseguido melhor desempenho fora de portas, com 12 triunfos, sete empates e apenas quatro derrotas.
O sonho da subida tomou forma na reta final da competição, com vitórias caseiras sofridas na antepenúltima jornada frente ao Sporting da Covilhã e na penúltima frente ao Santa Clara, com o golo de Miguel Fidalgo a ser obtido já em período de compensações.
O início da aventura nacional teve o seu início na já longínqua temporada de 1979/80, quando a formação madeirense ascendeu à então denominada III Divisão Nacional.
Duas épocas depois subiu à II Divisão, alcançando a I Divisão pela primeira vez em 1989/90, na qual se manteve por duas temporadas, regressando ao segundo escalão na época de 1991/92.
Voltou ao convívio dos grandes em 1993/94, mantendo-se no principal escalão durante duas temporadas. Seguiu-se um longo percurso nas divisões inferiores, II Divisão B e II Divisão, culminando com esta nova subida à I Liga.
O técnico Vítor Oliveira que já assumiu que não continuará ao comando da equipa madeirense, assegurou a sua sétima subida à I Liga, que poderá mesmo ser considerada a oitava, se contarmos com a obtida pelo Moreirense, embora não tenha sido o líder na parte final da época.
O sucesso secundário do técnico no União da Madeira repete os feitos obtidos no comando de Paços de Ferreira, Académica, Leixões, União de Leiria, Belenenses e Arouca.
O avançado francês Mendy, emprestado pelo Estoril-Praia ao conjunto madeirense, assumiu-se como umas das principais figuras da equipa, alcançando 20 golos na prova, superando o madeirense Élio Martins, autor de 14 tentos.
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