O Marítimo vai cortar drasticamente o orçamento para a próxima época devido à conjuntura económica adversa, que vai obrigar o clube a reduzir despesas e investimentos, anunciou hoje o presidente Carlos Pereira.

A redução do subsídio concedido à colectividade pelo Governo Regional foi um dos motivos apontados pelo Carlos Pereira, mas o corte feito pelos patrocinadores foi também realçado pelo líder dos “verde rubros” à margem da inauguração da exposição “Marítimo Centenarium”, esta tarde na Escola Básica de São Jorge, no concelho de Santana, na Madeira.

«Não posso quantificar neste momento a redução, quer do montante, quer da percentagem, mas posso garantir que haverá uma redução drástica», anunciou Carlos Pereira, lamentando o facto de o clube não poder fazer as contratações de jogadores que tinham sido projectadas.

«O orçamento será forçosamente mais baixo. Há grandes dificuldades financeiras, por diversas razões: os ‘sponsors’ reduziram as verbas e há uma diminuição drástica da comparticipação financeira do Governo Regional», explicou Carlos Pereira.

«Vamos constituir um plantel para não sentir dificuldades no campeonato mas também com objectivos, mas garanto desde já que não virá nenhum reforço sonante», sublinhou o líder do clube insular.

O presidente do Marítimo reconheceu terem falhado alguns negócios encetados com jogadores que eram primeiras escolhas, mas adiantou que o clube «vai recrutar brevemente os jogadores que precisa, dentro das suas possibilidades financeiras».

Pereira falou ainda da parceria estabelecida com o Flamengo, fazendo questão, no entanto, de separá-la da negociação de uma dívida que aquele clube brasileiro tem para com o Marítimo.

«Parcerias temos muitas e esta é mais uma, mas não podemos confundi-la com aquilo que é o compromisso da dívida que eles têm para connosco que motivou uma queixa na FIFA, que será retirada assim que o contrato seja assinado», explicou.