Um grupo de sócios do Boavista enviou uma carta ao presidente do clube, Garrido Pereira, onde manifesta “profunda preocupação” com o estado atual do emblema axadrezado e exige a convocação de uma Assembleia Geral extraordinária.

Os associados pedem um debate alargado sobre o futuro do clube, na sequência da descida à Liga 2, consumada com o 18.º e último lugar na edição 2024/25 da I Liga, somando apenas 24 pontos.

Na missiva, os sócios expressam ainda o seu descontentamento com a liderança da atual direção, liderada por Garrido Pereira, e com a gestão da SAD, presidida por Fary Faye. A crítica alarga-se à falta de respostas concretas sobre os problemas financeiros do clube, à instabilidade desportiva e à falta de um projeto claro para o regresso ao escalão principal do futebol português.

A contestação interna tem vindo a crescer nas últimas semanas, acentuada pela colocação em leilão de património do clube — nomeadamente os campos de treino, courts de ténis e um edifício anexo ao Estádio do Bessa — na sequência de uma dívida bancária relacionada com a reconstrução do estádio.

A convocação de uma Assembleia Geral poderá obrigar a direção a dar explicações formais aos sócios sobre o rumo do clube num momento particularmente delicado da sua história. Até ao momento, ainda não houve uma resposta pública por parte da direção.