O novo treinador do Vitória de Guimarães, Moreno Teixeira, afirmou-se “preparado” para liderar a equipa da I Liga portuguesa de futebol, apesar de reconhecer que “não contava” assumir o cargo da “forma que foi”.
Depois de ter conduzido o Vitória B à fase final da série norte da Liga 3 na época transata, o técnico de 40 anos preparava-se para realizar nova época no mesmo escalão, até a saída de Pepa e da sua equipa técnica, confirmada nesta terça-feira, o promover à formação principal.
Prestes a iniciar a segunda etapa como treinador da primeira equipa dos vimaranenses, depois de já o ter feito nas duas últimas jornadas da época 2020/21, Moreno Teixeira agradeceu “a confiança” da administração da SAD, presidida por António Miguel Cardoso, e disse ter aceitado “o convite” de “forma emocional”, mas “também muito racional”.
“Era uma coisa que planeava para mim enquanto treinador, mas não contava que fosse da forma que foi. Não estava à espera do convite desta forma. Que me sinto preparado para assumir a equipa principal, não tenho dúvidas. Temos a noção do que é estar à frente de uma equipa como o Vitória. Vamos cometer erros, mas com a ajuda e a compreensão de todos, vamos ter sucesso”, realçou, numa conferência de imprensa em que esteve acompanhado pelo presidente.
Ciente de que “depende de resultados” para se manter ao ‘leme’ da formação vimaranense, o ex-futebolista do Vitória ao longo de 11 temporadas – entre 2004 e 2010 e depois entre 2013 e 2018 – enalteceu os “rapazes fantásticos” com que conta no plantel, tendo-os orientado hoje no triunfo sobre o Torreense (1-0), em ‘ensaio’ de pré-época.
A oito dias do arranque das competições oficiais, com a receção ao Puskas Académia (Hungria), para a primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, o técnico mostrou-se convencido de que o grupo “vai dar uma resposta” positiva, apesar de o “primeiro contacto” à saída de um treinador, como aconteceu hoje, nunca ser o “melhor”.
Moreno Teixeira recusou mesmo falar sobre eventuais “lacunas” do plantel, preferindo focar a “dinâmica diária, de alegria, de rigor, de disciplina” que pretende criar, para levar os seus pupilos a “disputarem os jogos no limite” em qualquer estádio.
Alerta para a “competitividade” e para “as dificuldades” que a I Liga portuguesa encerra, o novo treinador vitoriano prometeu aprimorar o trabalho deixado por Pepa, referindo mesmo que seria “uma parvoíce” abdicar dele, e dar prioridade a quem pode dar “mais rendimento” dentro de campo.
“Os jovens têm sempre as portas abertas. A mim, enquanto líder, não quero diferenciar os jovens dentro do campo. Se mostrarem rendimento, não tenho medo de os meter. Para jovens com talento há espaço neste grupo”, perspetivou.
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