O Movimento Benfica Bem Maior defendeu hoje a marcação de uma Assembleia Geral Extraordinária e de novas eleições, na sequência da detenção do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, por suspeitas, entre outras, de burla e fraude fiscal.
Em comunicado, o movimento, que tem como um dos fundadores Braz Frade, ex-vicepresidente do Benfica, expressou "tristeza e preocupação com os acontecimentos" de hoje, assumindo que "não podem deixar de ser extraídas consequências imediatas e diretas pelos órgãos sociais do Benfica e por todos os sócios".
"Entendemos ser imprescindível a convocação de uma Assembleia geral extraordinária para dar voz aos sócios. O Benfica Bem Maior defende a marcação de novo ato eleitoral no qual assumirá as suas responsabilidades", refere o movimento.
O movimento considera que os atuais órgãos sociais devem "assegurar o pleno funcionamento do Benfica, com especial atenção para o início da época da equipa principal de futebol do Benfica".
O empresário e presidente do Benfica Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos susceptíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
Sem os identificar, o DCIAP informou que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol.
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