O movimento que apoia a candidatura rejeitada de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting tenciona impugnar as eleições de sábado, baseando-se na alegada ilegalidade da Assembleia Geral (AG) de destituição e dos processos disciplinares.
“Se não houver uma decisão judicial até essa data, no dia útil imediatamente a seguir [à Assembleia Eleitoral] entrará um pedido de impugnação da deliberação”, afirmou o advogado de Bruno de Carvalho.
Numa conferência de imprensa, que não contou com a presença do presidente destituído, José Preto considerou “uma aberração” que o ato eleitoral marcado para sábado, que deverá eleger o sucessor de Bruno de Carvalho.
Alexandre Godinho, antigo vogal do Conselho Diretivo (CD) liderado por Bruno de Carvalho, foi o porta-voz do movimento “Feitos de Honra Leais ao Sporting”, para explicar os principais fundamentos da impugnação das eleições, anunciada na segunda-feira, no Facebook, pelo presidente destituído.
“É impossível que o ato eleitoral não seja impugnado”, disse Alexandre Godinho, referindo que na base da impugnação estará “a ilegalidade da AG de 23 de junho”, que destituiu o CD liderado por Bruno de Carvalho, e a “ilegalidade dos processos disciplinares” interpostos pela Comissão de Gestão.
Alexandre Godinho, que também foi suspenso de sócio, enunciou outras alegadas irregularidades, lembrando que decorrem em tribunal processos sobre estas matérias.
O antigo vogal garantiu estar convicto de que se Bruno de Carvalho fosse a votos “ganharia” as eleições.
“Neste momento, assistimos a uma divisão de votos. Teríamos uma votação muito significativa, que nos levaria a uma vitória”, referiu Alexandre Godinho, considerando que o CD suspenso está a ser alvo de “um julgamento sumário sem hipótese de defesa”.
Eleito presidente do clube em março de 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho foi destituído do cargo na reunião magna de 23 de junho, com 71,36% dos votos, e posteriormente suspenso de sócio pela Comissão de Fiscalização criada na sequência da demissão da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar.
Na sequência da decisão, foram convocadas eleições para os órgãos sociais do clube, para o próximo sábado, e Bruno de Carvalho viu a sua candidatura rejeitada pela Mesa da AG, com base no facto de o ex-presidente estar suspenso de sócio.
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