José Luís Arnaut passou hoje pelo Portugal Open em ténis, mas não deixou de comentar a mais recente polémica entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga sobre a questão do alargamento do campeonato para 18 clubes.
Com o recente chumbo do organismo federativo à proposta da entidade liderada por Mário Figueiredo, o segundo 'não' consecutivo, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPF assegurou que não existe uma «má vontade» por parte da Federação.
«Não há má vontade, há apenas aplicação estrita e escrupulosa da lei. Há um regulamento e uma definição de enquadramento jurídico que tem de ser respeitada. Quando a Liga submeteu essa aprovação sabia as contingências jurídicas e legais desse alargamento. Quis fazê-lo, deixando esse ónus para a Federação, e a Federação está cá para cumprir a lei. É evidente que se é sempre bom ser simpático, mas vive-se num Estado de Direito e tem de se cumprir a lei», afirmou o dirigente federativo.
Arnaut fez questão de salientar a responsabilidade da Liga neste imbróglio que afeta o futebol português pelo segundo ano seguido. «Como presidente da Mesa da AG da Federação Portuguesa de Futebol, o que tenho de dizer é que a lei tem de ser cumprida. Quando a Liga aprova regulamentos numa base meramente por simpatia e cortesia e acha que é mais fácil deixar a decisão final à Federação, a FPF tem de aplicar a lei e os regulamentos», esclareceu, deixando um recado final à Liga: «Não se pode sistematicamente alargar e alargar para resolver um problema. Há uma lei e a lei é igual para todos.»
Por fim, o líder da AG da FPF escusou-se a comentar como fica a situação do Boavista, cuja decisão de reintegração por parte do Conselho de Justiça acabou por precipitar esta nova polémica. «Aplicou-se a lei nesta fase. A FPF tomou a decisão e não me quero antecipar à Federação. Esta é apenas a minha opinião pessoal», rematou.
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