Fábio Coentrão está “orgulhoso por ser campeão nacional aos 22 anos” e que de toda a época “foi o momento mais marcante”. Uma das revelações do ano, o jovem jogador, em entrevista concedida ao Record, confessa que viveu momentos de euforia e ansiedade no último encontro frente ao Rio Ave, clube onde já actuou.
“Há quatro jornadas que esperava por aquele momento e já existia alguma ansiedade. Quando o Rio Ave empatou decidi ir dar uma volta. Houve partes em que não quis olhar para o jogo”, confessou Fábio Coentrão, que assistiu ao jogo da bancada por estar castigado, “um momento complicado” em que “gostava de ter ajudado a equipa”.
Mesmo com a derrota no Dragão, a equipa nunca pensou que o campeonato podia acabar mal. “Desde o jogo inaugural da época que acreditamos que nos sagraríamos campeões”, assume, mas nunca pensou que “não contava que o Sporting de Braga desse tanta luta, esteve bem, mas o Benfica foi um justo campeão e isso ninguém pode colocar em causa”.
Para Fábio Coentrão, a ter que escolher um companheiro de equipa, não tem dúvidas que Di Maria foi o que teve o papel mais importante.
“Ajudou-nos bastante. Todos demos um contributo importante, mas se tiver de nomear um jogador escolho o Di Maria”, disse.
Esta época, o jovem jogador foi escolhido por Jorge Jesus para ocupar o lado esquerdo da defesa, uma adaptação que, confessa, “foi difícil”, mas onde mostrou toda a sua polivalência.
“Fiquei meio desorientado, pois nunca tinha actuado naquela posição. Contudo, ele [Jorge Jesus] deu-me confiança e pediu-me para ficar tranquilo, pois iria correr tudo pelo melhor. Aliei a minha qualidade à confiança que ele me transmitiu e consegui uma boa época. David Luiz foi um daqueles jogadores que me ajudou bastante também. Agradeço-lhe bastante pelo auxílio que sempre me prestou”, sublinhou, salientando: “Não vou estar para aqui a dizer que A ou B são melhores do que eu. Para mim, sou o melhor em Portugal”.
Sobre Jorge Jesus, não tem dúvidas que foi o melhor treinador que teve até agora. “Até hoje não havia sido dirigido por um treinador desta qualidade”, disse não tendo dúvidas que Jesus “pode ser comparado a Mourinho”. Apesar de Jesus se duro, Coentrão admite que “qualquer treinador tem de ser assim e valeu a pena ouvir o que ele tinha para dizer”.
E pela bitola de Jesus, também ele quer o título de campeão europeu no próximo ano.
"O mister já disse que vamos lutar pela conquista da Liga dos Campeões.Tudo é possivel. Partilho da opinião dele. A Liga dos Campeões é a melhor competição do Mundo, sendo um sonho para qualquer jogador conquistá-la.Eu não fujo à regra", disse.
Fábio Coentrão, para já não se vê a jogar noutro clube que o Benfica, adiantado que para o ano “o Marquês já está reservado” e daqui a uma década não pede menos: “Daqui a 10 anos? Contando com aquele que acabei de conquistar…vejo-me com 11 títulos nas mãos”.
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