Responsáveis do Paços de Ferreira e do Feirense relativizaram o episódio do cancelamento das apostas no ‘Placard' para o encontro de hoje relativo à 32.ª jornada da I Liga de futebol, assegurando que estavam focados apenas no jogo.
No final do encontro que o Feirense venceu por 1-0, o técnico vencedor, Nuno Manta Santos, que surgiu na sala de imprensa acompanhado pelo administrador da SAD, Jorge Gonçalves, disse apenas que ouviu falar da situação, mas que o foco do grupo estava somente no jogo.
"Quando entrámos em estágio, apenas falamos do jogo, não falámos disso. Somente tivemos conhecimento, ouvi e nada mais. Assisti a um jogo de futebol bastante emotivo e tranquilo", disse Nuno Manta Santos.
A mesma ideia seria mais tarde repetida pelo seu homólogo pacense, Vasco Seabra, que lembrou que "todos são profissionais" e que é no jogo dentro das quatro linhas que têm o foco.
Nuno Manta Santos relativizou, por outro lado, o facto de ser a segunda vez esta época que apostas no ‘Placard' para os jogos do Feirense são canceladas (já tinha acontecido na receção ao Rio Ave, a 06 de fevereiro), e, para ‘matar' o assunto, o administrador da SAD do clube, Jorge Gonçalves, esclareceu que "a posição oficial já foi tomada em comunicado pela Liga de Clubes".
Nessa informação, a entidade que rege os campeonatos profissionais em Portugal solicitou esclarecimentos à Santa Casa da Misericórdia, que tutela o jogo de apostas conhecido por ‘Placard', pedindo ser informada dos procedimentos em curso, e reiterou "confiança absoluta" nos clubes, respetivas SAD e agentes desportivos.
A Santa Casa informou hoje em comunicado que o seu departamento de jogos "decidiu não aceitar mais apostas no 'Placard' para o jogo Paços de Ferreira - Feirense", entretanto realizado, e que procedeu à "anulação das apostas registadas até ao momento, cumprindo o disposto no regulamento do jogo".
Já em fevereiro, a Santa Casa suspendeu as apostas no 'Placard' relativamente ao jogo também com o Feirense, mas frente ao Rio Ave, uma situação que foi explicada com o grande afluxo de movimentos.
Na altura, o provedor Pedro Santana Lopes apontou que, "quando há um excesso de concentração de apostas, num prognóstico ou num jogo - cada jogo tem três prognósticos no 'Placard' - num curto espaço de tempo, soam as campainhas de alarme".
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