O presidente do FC Porto falou sobre uma possível recandidatura à presidência do FC Porto, cargo que ocupa há 40 anos.
"Não faço ideia se me recandidato. Hoje, se tivesse que decidir, talvez me recandidatasse, mas ainda falta mais de um ano. Num ano acontece tanta coisa, temos de pensar noutros fatores, no interesse do clube. Não fugirei à responsabilidade se entender que sou necessário. Mas um ano no futebol é muito tempo", começou por dizer Pinto da Costa, em entrevista ao canal SuperSport da África do Sul e cujas declarações estão citadas na edição impressa do jornal O Jogo desta terça-feira.
Pinto da Costa falou ainda sobre os possíveis candidatos à sua sucessão.
"Há muita gente boa. Mas uma coisa que já disse e repito: o FC Porto não é uma monarquia, é um clube. Não vou interferir se não me recandidatar. Não vou interferir numa possível luta eleitoral a apoiar este ou aquele ou em votar este contra aquele. Naturalmente exercerei o direito de voto, mas ninguém saberá em que votarei", referiu.
Ainda houve tempo para comentar o estado atual do futebol português, nomeadamente programas desportivos e as suas influências.
"É importante o contributo de pessoas que conhecem o futebol por dentro. Nas televisões há programas que teoricamente são sobre futebol, mas que não se discute nada sobre futebol. E as únicas pessoas que realmente acrescentam alguma coisa para o futebol são os antigos jogadores. É o Octávio [Machado], o Rodolfo Reis, o Calado, o Jorge Amaral. Os outros são postos ali para defender o Benfica, como se o futebol fosse uma guerra e estivéssemos num tribunal permanente. Não faz sentido", rematou.
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