Em 02 de outubro, três dias depois da derrota na visita ao campeão nacional Benfica (1-0), da sétima jornada da I Liga, marcada pela expulsão com cartão vermelho direto de Fábio Cardoso, aos 19 minutos, os ‘dragões’ justificaram essa pretensão com base num “conjunto de erros graves e reiterados que adulteraram a classificação do campeonato”.
“Não digo que foi uma conversa secreta, visto que foi pública, mas acho que foi positiva. Apresentámos as nossas ideias e queixas e tivemos uma boa recetividade. Eu tenho a certeza de que as pessoas do CA da FPF estão extremamente interessadas em que a arbitragem melhore, reconhecem que [o setor] não está bem e são de uma seriedade intocável”, avaliou Pinto da Costa, à margem da sessão de apresentação do relatório e contas da SAD dos ‘azuis e brancos’ em 2022/23, ocorrida no Dragão Arena, no Porto.
O dirigente aproveitou a ocasião para lamentar a punição de um jogo de interdição do Estádio do Dragão determinada na terça-feira pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF, por incidências na vitória no terreno do Moreirense (2-1), da ronda inaugural da prova.
“Sempre conheci o futebol português desta forma, com lutas, questões e desigualdades chocantes no tratamento dos clubes conforme da zona de onde são. Dou um exemplo atualíssimo: na final da Taça da Liga da época anterior, o Sporting teve um grupo de 10 indivíduos a mandar foguetes e tochas para cima das pessoas e foi castigado com uma multa. Houve feridos e intencionalidade, mas só foi punido com uma multa”, observou.
O CD da FPF tinha justificado a sanção de interdição, acrescida de uma multa de 5.610 euros, com a “inobservância qualificada de outros deveres”, adicionando 3.060 euros por “agressões graves a espetadores e outros intervenientes”, deliberações que o FC Porto irá contestar com recurso e providência cautelar no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
De acordo com a imprensa, esse castigo terá resultado do rebentamento de um petardo numa das bancadas do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freiras, em Moreira de Cónegos, que feriu duas crianças e causou a detenção de um adepto portista pela GNR.
“Já nós, porque um indivíduo mandou um foguete ou qualquer coisa, levámos com esse jogo de interdição. A injustiça e desigualdade de tratamento é que me preocupa”, frisou.
Pinto da Costa foi ainda questionado quanto a uma eventual candidatura de André Villas-Boas às eleições para a presidência do clube, que estão previstas para 2024, mostrando-se despreocupado com essa hipótese de enfrentar o antigo treinador portista nas urnas.
“Cada um é livre de o fazer. Incomoda-me é que o FC Porto ande para a frente e dá-me tranquilidade ter tido a notícia de que um organismo internacional da FIFA nos coloca no quarto lugar entre os melhores clubes do mundo. Interessa-me saber que temos em fase de realização os projetos que ambicionávamos há muito”, comentou, descartando sentir pressão interna face às movimentações de possíveis candidatos nas próximas eleições.
A equipa de Sérgio Conceição ocupa o terceiro lugar da I Liga ao fim de oito rondas, com 19 pontos, três abaixo do líder isolado Sporting e a dois do Benfica, segundo colocado.
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