Jorge Nuno Pinto da Costa voltou a assinar um editorial na revista Dragões.
O líder dos azuis e brancos começa por colocar água na fervura apesar da liderança destacada do FC Porto na frente do campeonato nacional: "Quase 40 anos como presidente do FC Porto ensinaram-me que nada está conquistado até estar efetivamente ganho, e que enquanto isso não acontece não é tempo para deitar foguetes"."
Pinto da Costa fez ainda o balanço do último mês dos azuis e brancos. "O último mês foi fértil em boas notícias para o FC Porto. Continuamos líderes do campeonato, vencemos a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal num campo difícil e frente a um adversário com valor, e ultrapassámos uma eliminatória da Liga Europa contra uma equipa poderosa, em dois jogos muito especiais para o nosso treinador. Não tenho, por isso, motivos para vacilar no otimismo que me acompanha desde que começámos a preparar esta temporada. Mas também não tenho qualquer razão para festejar", pode ler-se antes ainda de referir o que aprendeu em quase 40 anos à frente do FC Porto. "Quase 40 anos como presidente do FC Porto ensinaram-me que nada está conquistado até estar efetivamente ganho, e que enquanto isso não acontece não é tempo para deitar foguetes. É tempo para trabalhar. E é a continuar a trabalhar muito e bem que, acredito, vamos chegar aonde queremos".
Por fim, uma parte do texto foi dedicada à guerrra entre a Rússia e a Ucrânia. "Acompanhar, na terceira década do século XXI, o deflagrar de um conflito com a dimensão daquele a que assistimos na Ucrânia é chocante e demonstra bem como é precário e provisório tudo aquilo que muitas vezes damos como adquirido. A paz nunca é definitiva, constrói-se todos os dias, e o desporto pode desempenhar nisso um papel importante, não só simbólico. É muito positivo que a FIFA, a UEFA e diversos clubes promovam ações de solidariedade para com o povo ucraniano, mas ainda é mais relevante que estas instituições tenham a coragem de adotar medidas difíceis que estão em linha com as sanções aplicadas à Rússia. O desporto em geral e o futebol em particular são demasiado importantes para serem dispensados de escolher um lado numa situação como estas", defende.
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