“Este regresso não me surpreende. Logicamente, enquanto estivessem estas pessoas na estrutura do futebol, ou pelo menos enquanto eu lá estivesse, não trabalharia comigo. Agora, saindo esta estrutura parecia-me claramente que era ele quem ia entrar”, afirmou Paulo Bento.
A relação entre os dois ex-internacionais portugueses tornou-se difícil no momento em que Paulo Bento assumiu o comando técnico e dispensou Sá Pinto.
“Em relação à questão da dispensa, é preciso esclarecer que não fui eu que andei durante todo ano que ia terminar a carreira. Depois eu tinha que tomar uma decisão” relembra o ex-técnico leonino.
A possibilidade de trabalharem juntos era inexistente e Paulo Bento assume que Sá Pinto não trabalharia no futebol do Sporting por sua vontade.
“Acredito que pela dele também, mas por minha vontade seguramente. Gosto de trabalhar com certas e determinadas pessoas e não me via de forma nenhuma a trabalhar com o Sá Pinto. E acho que ele não se via a trabalhar comigo também”, assume.
No entanto, Paulo Bento não tem dúvidas que há muito tempo o “cenário estava criado”.
“Acho que o cenário que foi criado, as pessoas que o criaram, não estavam à espera que as coisas corressem bem. Basta ouvir algumas declarações há bem pouco tempo do próprio Sá Pinto, quando confrontado com a situação do treinador e uma das respostas foi: ainda não estou nesse cargo. Ou seja, se diz ainda não estou, seguramente, é porque sabia que lá chegaria. Não é uma situação que possa causar grande surpresa”, frisa.
E vê a tomada de decisões do novo director de futebol na escolha do treinador. Paulo Bento diz que “a escolha do novo técnico, Carlos Carvalhal, é uma decisão de José Eduardo Bettencourt, mas que “a primeira opção [André Villas Boas] era mais de quem entrou”.
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